sábado, 30 de maio de 2015

Diferença entre lar e casa

O mês de maio é tradicionalmente conhecido como o mês das noivas. Isso quer dizer que, quem casa, quer não somente uma casa, mas formar uma família, um lar. Encontrei uma reflexão sobre a diferença entre lar e casa que gostaria de dividir com vocês. Boa reflexão!!
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Diferença entre lar e casa

Sr. Harides Garcia

“Com  a sabedoria edifica-se a casa, e com a inteligência ela se firma, pelo conhecimento se encherão as câmaras de toda a sorte de bens preciosos e deleitáveis” (Pv 24.3-4) 
Andando pelos bairros “nobres” de nossa cidade, é fácil vislumbrar uma bela casa: moderna, segura, com muros que se assemelham as muralhas da China.
Inspirado numa reflexão de Alba Magalhães, texto de Abigail Guimarães traça as principais diferenças entre lar e casa. Casa é uma construção de cimento e tijolos. Lar é uma construção de valores e princípios. Casa é o nosso abrigo das chuvas, do calor, do frio. Lar é abrigo do medo, da dor e da solidão. Casa é o lugar onde as pessoas entram para dormir, usar o banheiro, comer, Onde temos pressa para sair e retardamos a hora de chegar. O lar é o lugar onde os membros da família anseiam Por estar nele, onde refazem suas energias, alimentam-se de afeto e encontram o conforto do acolhimento, onde temos pressa de chegar e retardamos a hora de sair
Numa casa, criamos e alimentamos problemas. O lar é o centro de resolução de problemas.
Numa casa, moram pessoas que mal se cumprimentam e se suportam. Num lar, vivem companheiros que, mesmo na divergência, se apóiam e nas lutas se solidarizam.
Casa é local de dissensões, conflitos, discórdia... No lar, as dissensões, os conflitos, existindo, servirão para esclarecer e engrandecer.
Numa casa, desdenha-se dos nossos valores. No lar, sonhamos juntos.
Numa casa, há azedume e destrato. Num lar, sempre há lugar para alegria.
Numa casa, nascem muitas lágrimas. Num lar, plantam-se sorrisos.
A casa é um nó que oprime, sufoca... O lar é um ninho que aconchega.
Se você ainda mora em uma casa, nós o convidamos a transformá-la, com urgência, em um lar e que Jesus seja sempre o seu convidado especial.
Enriquecendo o texto acima, pode-se acrescentar:
Por mais que se tente definir em palavras, a família transcende qualquer definição. Isso porque a família está baseada em relações humanas e essas são falíveis quanto seus próprios componentes. Portanto, família muitas vezes significa problemas, abandono, omissão, solidão, perda, tristeza, saudade, falhas, divergências  e diferenças de valores, ciúmes, inveja, medo e prepotência. Mas também quer dizer companheirismo, união, força, amor, tolerância, compreensão, perdão, paciência, alegria, ganho, presença e crescimento.
Palavras são fáceis e o discurso é altivo e eloqüente, enquanto as ações ficam presas, retidas na dureza da rotina, da distância, na frieza do trabalho. Presas até mesmo na vontade e no pré-julgamento de outrem, faltando um ínfimo de movimento para dar-lhes vida.
Como vai o lar vai o mundo, e o que é bom para o lar, é bom para a família, é bom para o mundo.



Fonte: Jornal eletrônico "i7 Notícias" de Paraguaçú Paulista. Disponível em http://www.i7noticias.com/paraguacu/noticia/11160/diferenca-entre-lar-e-casa. Acessado em 30.mai.2015  às 09:11.




terça-feira, 26 de maio de 2015

Deus que vê!


DEUS QUE VÊ!


Hoje vamos meditar na vida de Agar. 

QUEM ERA AGAR?
O nome desta mulher é de origem hebraica e significa “Estrangeira”. Agar era egípcia e morava com a família de Abraão e Sara; era serva de Sara - Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos; tendo, porém, uma serva egípcia, por nome Agar (Gênesis 16:1).
Agar pertencia a uma classe social à qual não se dava muito valor. Como serva, morava de favor, não tinha direito a voz na casa, não podia expressar suas ideias e nem mesmo a sua vontade lhe pertencia, mas à sua senhora.
Quanto ao seu estado civil, a Bíblia não diz se era solteira ou casada. Provavelmente era solteira, pois não há nos demais textos referentes a ela qualquer menção de uma possível existência de um esposo. Sua idade também não é mencionada na narrativa bíblica; entretanto, sabemos que por ocasião do ocorrido em Gênesis 16, Agar era uma mulher que ainda estava em idade fértil, pois gerou um filho.
Na condição de serva, não teve o direito de escolher se queria ou não ter filhos, nem de recusar a se deitar com um homem que não era seu marido e que nem tinha qualquer afeto por ela; e, muito menos teve o direito de lutar para não ser uma “barriga de aluguel”. Ela teve que se sujeitar e obedecer - Então, Sarai, mulher de Abrão, tomou a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, depois de ter ele habitado por dez anos na terra de Canaã (Gênesis 16:3).
O filho não planejado que Agar gerou  de Abraão, inicialmente, a ela não pertencia. A criança que na visão de Sara poderia ser uma bênção passou a ser um grande problema e motivo de disputa de poder entre Sara e Agar, senhora e serva.
Quando se viu na condição de grávida, Agar desprezou a sua senhora, porque Sara era estéril - disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, e assim me edificarei com filhos por meio dela. E Abrão anuiu ao conselho de Sarai. Ele a possuiu, e ela concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada (Gênesis 16:2,4).
        Sara, por sua vez, não suportou a afronta de sua serva e a humilhou muito. Desesperada, Agar fugiu para o deserto. Sua alma angustiada e abatida queria estar longe de tudo e de todos.

O DESERTO
        Na Bíblia, o deserto é símbolo de luta e provação. Foi no deserto que o povo de Israel foi provado por Deus e peregrinou por 40 anos até entrar na Terra Prometida – E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos limites da terra de Canaã (Êxodo 16:35).
        Foi rumo ao deserto que o profeta Elias caminhou, sentou e pediu para si a morte; depois, em uma caverna, Elias se refugiou em profundo estado de tristeza e depressão. Elias estava sob forte pressão emocional, pois estava sendo perseguido pelo rei Acabe, teve que ficar escondido no deserto em período de grande seca, foi alimentado pelos corvos, enfrentou e matou os 400 profetas do deus baal, o que suscitou a ira da idólatra rainha Jezabel que, caçava Elias no intuito de matá-lo. Deus estava todo tempo cuidando de Elias, mas as lutas sucumbiram a sua alma (I Reis 18:1-40; 19:1-18) - Elias era  homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos...” (Tiago 5:17a).
        Jesus Cristo, o Filho de Deus, também passou pelo deserto. Ele foi levado para lá pelo Espírito de Deus a fim de ser tentado por Satanás (Mateus 4:1-11). O nosso Salvador sabe o que é passar pelo deserto, Ele bem conhece como nos sentimos quando passamos por lutas e provações. Jesus Cristo saiu do deserto vitorioso sobre Satanás; Deus foi ao encontro de Elias naquela caverna triste, úmida e isolada e o restaurou. Elias saiu do deserto fortalecido e deu continuidade ao seu ministério. O povo de Israel também saiu do deserto para tomar posse da Terra Prometida.
Deus não está alheio às nossas lutas e provações e nunca nos abandona. Jesus Cristo nos diz que enquanto estivermos neste mundo teremos aflições, ou seja, passaremos pelo deserto. Porém, quando temos a Jesus como nosso Mestre e Senhor, temos a garantia DELE mesmo que sairemos do deserto vitoriosos, assim como Ele é Vitorioso e vencedor! – Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (João 16:33).
        O deserto é um período transitório!
        Deus vai ao nosso encontro no deserto e ouve o clamor de nossa alma. Ele nos ensina, nos anima, nos restaura, faz promessas e abre nossos olhos para vermos que aquilo que é impossível para nós, é perfeitamente possível para Ele – Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas... Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus  (Lucas 1:37; 18:27).



“EL ROI” – DEUS QUE VÊ!
        O nosso corpo fala a linguagem silenciosa da comunicação não verbal, afirmam os autores Weil & Tompakow (1982). Os corpos de Agar e de Elias reagiram à ameaça, à tensão e ao receio levando-os a buscar uma saída, um escape para a sua situação. A ciência explica como isso acontece quando estamos diante de situações de extremo stress e como somos levados a reagir:

“... duas glândulas supra-renais que se situam acima dos rins, produzem adrenalina, também conhecida como hormônio das “situações de emergência”. A adrenalina prepara o corpo para a ação, ou seja, em termos biológicos, para atacar ou fugir. Os principais efeitos da adrenalina no organismo são:
Ø  Taquicardia (o coração dispara e impulsiona mais sangue para os braços e pernas, dando-nos capacidade de correr mais ou de nos exaltar mais em uma situação tensa, como uma briga);
Ø  Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue (isso permite que as células produzam mais energia);
Ø    Contração dos vasos sanguíneos da pele (o organismo envia mais sangue para os músculos esqueléticos) – por essa razão, ficamos pálidos de susto e também “gelados de medo”! “ . (citação e imagem do site: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sistemasendocrino2.php. Acessado em 12.mai.2015 às 15:55).





Esta informação explica como Agar, mesmo abatida emocionalmente, teve forças para caminhar rumo ao deserto. E foi no deserto, enquanto fugia, que Agar teve seu encontro com Deus.
Quando Deus vem ao encontro da alma abatida e ferida, Ele toma a iniciativa do diálogo. Deus sabe de nossa necessidade de sermos ouvidos! O mesmo aconteceu com o profeta Elias. No recôndito da caverna Deus iniciou o diálogo perguntando: “... Que fazes aqui Elias?” (I Reis 19:9). Temos um Deus que nos ouve!
Junto à fonte no caminho de Sur, o Anjo do Senhor pergunta para Agar: “Agar, serva de Sarai, donde vens e para onde vais?” (Gênesis 16:7,8). Agar abriu o seu coração ferido e confessou que estava fugindo de sua senhora. Tudo o que ela queria naquele momento era a distância e o isolamento, mas ouviu o Anjo do Senhor ordenando que ela voltasse para a sua senhora. Era uma ordem contrária à vontade de Agar – Volta para a tua senhora e humilha-te sob suas mãos” (Gênesis 16:9). O coração ofendido, magoado e ferido se recusa e luta para não restabelecer a comunhão quebrada. Deus ensina Agar que, mesmo tendo sido a parte ofendida, ela deveria tomar a iniciativa de perdoar. É um mandamento bíblico – Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte (I Pedro 5:6).
Para quem estava ferida emocionalmente seria difícil obedecer ao que o Anjo do Senhor estava ordenando. Entretanto, Deus se mostrou misericordioso com Agar, fazendo com que ela tivesse plena consciência de que Ele estava vendo a sua aflição. Deus nunca nos pede para fazer algo que não esteja ao nosso alcance.
Continuando o diálogo, o Anjo do Senhor fez promessas de bênçãos para Agar a respeito de seu filho que haveria de nascer. Deus bem sabia que a alma sequiosa de Agar necessitava ser revigorada. Deus prometeu multiplicar sobremodo a descendência de Agar, renovou a esperança da jovem mãe e descreveu para ela virilidade e a força que seu filho teria - Disse-lhe mais o Anjo do SENHOR: Multiplicarei sobremodo a tua descendência, de maneira que, por numerosa, não será contada. Disse-lhe ainda o Anjo do SENHOR: Concebeste e darás à luz um filho, a quem chamarás Ismael, porque o SENHOR te acudiu na tua aflição. Ele será, entre os homens, como um jumento selvagem; a sua mão será contra todos, e a mão de todos, contra ele; e habitará fronteiro a todos os seus irmãos (Gênesis 16:10-12).



        Com promessas tão significativas, Agar se rendeu a Deus em adoração e louvor - Então, ela invocou o nome do SENHOR, que lhe falava: Tu és Deus que vê; pois disse ela: Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê? (Gênesis 16:13).
        Se você está passando por lutas e provações no deserto árido, saiba que este é um período transitório. Tenha a certeza de que EXISTE UM DEUS QUE TE VÊ “ EL ROI”. Clame e Ele virá em seu auxílio, restaurará a sua alma e restituirá a sua alegria. O rei Davi também passou por desertos em sua vida, mas ele pode enfim expressar: “Esperei confiantemente pelo Senhor: Ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Senhor (Salmo 40:1-3).
Agar obedeceu a Deus, voltou para sua senhora e se humilhou. Por ter obedecido a Deus, Agar foi abençoada com um filho chamado Ismael que significa “Deus ouve”. Agar também concedeu perdão a Sara e sua alma ficou em paz. Os anos se passaram e Deus sempre cuidou de Agar e de Ismael – Deus estava com o rapaz, que cresceu, habitou no deserto e se tornou flecheiro” (Gênesis 21:20). Agar teve a felicidade de ver Ismael crescendo e se tornar um homem. Sua felicidade se completou ao casá-lo, cumprindo a sua missão de mãe – Habitou no deserto de Parã, e sua mãe o casou com uma mulher da terra do Egito (Gênesis 21:21).
        Aprendemos com a história de Agar a importância de ouvir e obedecer à voz de Deus. A pessoa que se dispõe a obedecer a Deus é sempre abençoada! Aprendemos também sobre a importância do perdão. Mesmo quando somos a parte ofendida, devemos tomar a iniciativa e conceder perdão. O perdão é indispensável para a saúde do corpo e da alma. – Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio (Salmo 32:3,4). O perdão liberta! – Feliz aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto (Salmo 32:1).
        Como mulheres, esposas e mães, aprendemos com a história de Agar que Deus quer abençoar os nossos filhos e a nossa família. Sejamos mulheres, esposas e mães que buscam e amam a Deus acima de todas as coisas. Deus não falha em cumprir as Suas promessas. Confiemos NELE!


Referência:
WEIL, Pierre. TOMPALOW, Roland. O CORPO FALA: a linguagem silenciosa da comunicação não-verbal. Petrópolis-RJ: Editora Vozes Ltda., 1982.
Referência de imagens:
Imagem 1: Deserto. Disponível em www.kantinhodafe.blogspot.com
Imagem 2: Produção de Adrenalina. Disponível em http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sistemasendocrino2.php. Acessado em 12.mai.2015 às 15:55.
Imagem 3: Agar no deserto junto à fonte. Disponível em http://www.flogao.com.br/drikoids/125058324/. Acessado em 12.mai.2015 às 18:16.


Palestra proferida por Raquel Alcantara, em 15 de maio de 2015, na Primeira Igreja Batista de Sobradinho-DF., por ocasião do culto realizado pelo Ministério de Beneficência, em homenagem ao dia das mães.

sábado, 9 de maio de 2015

Jesus, o Pão da Vida - João 6:22-40

João 6: 22-40: JESUS, O PÃO DA VIDA[1]

10 de maio de 2015


1.      A MULTIDÃO PROCURA POR JESUS – 6:22-24

v. 22-  "No dia seguinte, a multidão que ficara do outro lado do mar notou que ali não havia senão um pequeno barco e que Jesus não embarcara nele com seus discípulos, tendo estes partido sós".
"no dia seguinte" – Esta referência reporta ao relato de João 6:16-21 - Jesus andando sobre o mar. É uma expressão muito usada por João que mostra a dinâmica do ministério de Jesus.
"a multidão que ficara do outro do mar" - Esta multidão é a mesma que participou do milagre da multiplicação dos pães e peixes, realizado por Jesus, narrado em João 6:1-15. Após o milagre, a multidão permaneceu em Tiberíades. Na tarde do mesmo dia, os discípulos desceram para o mar, embarcaram e foram para Cafarnaum. No dia seguinte, ao perceber que Jesus e seus discípulos já não estavam mais no local a multidão buscou meios de encontrá-Lo. Para onde Jesus teria ido se Ele não havia embarcado com os discípulos? Como?
Isso nos leva a pensar os motivos que levam as pessoas a buscarem por Jesus.
Em 6:2, João nos diz o motivo que levou a multidão a seguir Jesus: "... porque tinham visto os sinais miraculosos que Ele operava na cura dos enfermos".
Vejamos no mapa este cenário:





Observe os pontos em vermelho. Contornando-se a orla marítima, Tiberíades fica a 16,1 km de Cafarnaum. Os discípulos foram pelo mar a Cafarnaum e nessa travessia aconteceu o relato de João 6:16-21.

Quais seriam os motivos pelos quais as pessoas buscam Jesus ou buscam a Deus?

v. 23: Entretanto, outros barquinhos chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde comeram o pão, tendo o Senhor dado graças. v. 24: Quando, pois, viu a multidão que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, tomaram os barcos e partiram para Cafarnaum à sua procura.
A notícia do milagre da multiplicação dos pães correu pela região e outros barquinhos chegaram ao lugar do acontecimento milagroso. Curiosidade? Talvez!
Em 6:10, João menciona que foram alimentados quase cinco mil homens e agora em 6:23 temos o relato da chegada de mais barquinhos, ou seja, a multidão aumentou. Em 6:22, menciona que havia apenas um barquinho onde estava a multidão e agora, com a chegada de mais barquinhos, as pessoas se uniram, tomaram os barcos e foram para Cafarnaum à procura de Jesus.
A multidão estava decidida. Por isso, não pouparam esforços e nem trabalho,  para conseguir seu objetivo.
Nos dias atuais, quais são os esforços que as pessoas têm feito para buscar a Deus? Em Jeremias 29:13 encontramos a promessa de Deus a todo aquele que O busca com o motivo e a razão corretos: "Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração".

2.      JESUS CONHECE A NATUREZA DO CORAÇÃO HUMANO (6:25-27)

v. 25: E, tendo-o encontrado no outro lado do mar, lhe perguntaram: Mestre, quando chegaste aqui?
A alma ansiosa indaga, questiona, busca respostas imediatas e concretas; não espera para ouvir a voz de Deus. Quem é o homem para questionar quando e como Deus faz as coisas?  Jesus não respondeu à multidão; Ele conhecia o coração de cada uma daquelas pessoas; sabia o que realmente as motivava a procurá-Lo. O profeta Jeremias (17:9,10) afirma que o coração humano é enganoso e que somente Deus o conhece – "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações".
A pergunta curiosa das pessoas ficou sem resposta. Deus não está em busca de curiosos, mas de discípulos comprometidos com Ele! O importante naquele momento não era questionar Jesus, mas ouvir Jesus.

v. 26: Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes; v. 27. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.
Jesus declara às pessoas o real motivo delas O buscarem e faz advertências. Antes da multiplicação dos pães, as pessoas procuravam por Jesus em busca de cura para as suas enfermidades. Depois, as pessoas foram levadas a procurá-Lo por causa da "comida que perece". Essas evidências mostram que o coração humano também é inconstante, imediatista e inclinado para as coisas terrenas e não celestiais. Tiago alerta que a inconstância é uma característica do homem falta de sabedoria e de ânimo dobre, ou seja, do homem "... que não tem firmeza e nunca sabe o que deve fazer" (Tg. 1:8 - NTLH). O imediatismo traz consigo a necessidade de satisfação pessoal custe o que custar e a impulsividade. O  imediatismo grita no coração das pessoas a fim de que elas satisfaçam à desenfreada paixão carnal. Uma vez saciada a paixão carnal, o imediatismo gera a culpa, a depressão, o arrependimento, o desejo de vingança e morte. O imediatismo leva a pessoa ladeira abaixo. A Bíblia nos dá vários exemplos de ações humanas imediatistas. Dentre eles, menciono dois: Esaú, que na ansiedade de satisfazer sua fome, vendeu seu direito de primogenitura (Gênesis 25:27-34), e, Siquém que viu a jovem Diná, filha de Jacó, e a desejou ardentemente, vindo a estuprá-la e em seguida a rejeitá-la. Este triste fato evoluiu para o desejo e concretização de vingança dos irmãos de Diná que, ardilosamente, mataram não somente Siquém, mas todos os homens da cidade dos Siquemitas, incluindo o rei Hamor, pai de Siquém (Gênesis 34).
Sabedor de sua natureza pecaminosa, o rei Davi clamava a Deus – "Não permitas que meu coração se incline para o mal, para a prática da perversidade na companhia de homens que são malfeitores: e não coma eu das suas iguarias" (Salmo 141:4). Esta deve ser a nossa oração também!
Jesus ensina às pessoas que O procuravam sobre o trabalho. Ele diz que o trabalho visa o suprimento do alimento para o físico e é importante; mas além deste trabalho, há um trabalho que permanece para a eternidade. Por ocasião da cura do paralítico no tanque de Betesda, Jesus respondeu aos líderes religiosos o propósito de Sua vinda e ministério ao afirmar que "... O meu pai trabalha até agora, e eu também trabalho" (João 5:17).  A saúde da alma é tão importante quanto a saúde física. Jesus ensina que a vida terrena é transitória e breve, portanto, precisamos sim cuidar do corpo que Deus nos deu para vivermos nesta terra, porém devemos também cuidar da alma, pois é ela que vai adentrar a eternidade ("Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão" – Eclesiastes 3:20; "Pois nào deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente"- Salmo 16:10,11) . Jesus ensina também o princípio da mordomia do corpo e da alma e a "... prioridade do espiritual sobre o material - Deuteronômio 8. 3; Mateus 4. 4; 6. 33 -; em Jesus há fartura de alimento espiritual; só o Filho tem a aprovação do Pai para reconciliar a criatura com o Criador por Sua morte e ressurreição  (Mateus 17:5)" "[2]

3.      CRER É MAIS IMPORTANTE QUE FAZER (6: 28-30)

v. 28: Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus? v. 29:    Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado. v.30: Então, lhe disseram eles: Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti? Quais são os teus feitos?
O diálogo entre Jesus e a multidão continua. Os ensinos de Jesus, o Mestre dos mestres, continuam focados na dicotomia entre:  espiritual x terreno -  crer x fazer.
Apesar de haver declarado "Este é verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo...", as pessoas ainda não sabiam realmente quem era Jesus. Elas estavam demasiadamente focadas no que podiam ver e seus corações não estavam prontos para ver e apreender os ensinos de cunho espiritual que Jesus estava ensinando. Isso nos leva a refletir em mais duas características da alma pecaminosa; a incredulidade e a cegueira espiritual. Ambas caminham de mãos dadas e juntas trabalham para levar a alma empedernida à perdição eterna – "Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte" (Apocalipse 21:8).
É natural do ser humano a crença de que deve "fazer algo" para buscar a Deus. No folheto evangelístico "É tão fácil ser salvo", o Pr. Gerson Rocha escreve: "Deus já preparou a salvação dos pecadores. É como um banquete: É só aceitar o convite e dele participar. Jesus disse: "Vinde a mim... e achareis descanso para as vossas almas..." (Mateus 11:28-30). Se você crê que a salvação está pronta, como um banquete, é só apropriar-se dela...".
Crer é o caminho a seguir. Crer é acreditar, é dar um passo de fé entregando sua vida a Deus para O qual TODAS as coisas são possíveis – "... mas para Deus tudo é possível... Porque para Deus não haverá impossíveis em TODAS as suas promessas... os impossíveis dos homens são possíveis para Deus... de fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam"  (Mateus 19:26; Lucas 1:37; 18:27; Hebreus 11:6).
            Jesus responde às pessoas que a parte que cabe a elas é apenas CRER Naquele que Deus enviou. É interessante notar que, mesmo sendo Deus, Jesus não usava desta prerrogativa para se impôr às pessoas. Ele nos ensina uma boa lição de ética. Em alguns momentos pontuais "Jesus afirmou categoricamente EU SOU O FILHO DE DEUS (Marcos 14:61-62; João 9:35-37; 10:36)"[3].
A cegueira espiritual das pessoas era tão grande que questionavam Jesus a ponto de testá-Lo.  A pergunta desafiadora tem um fundo de ironia e desdém em relação a Jesus. – "Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti? Quais são os teus feitos?" (v. 30).
Na mente finita do ser humano há uma sede pelo fazer, preferencialmente por fazer algo vísivel, que impacte, que faça brilhar os olhos e mexer com as emoções das pessoas. A multidão queria ver para crer. Mas Deus, em Seu infinito amor quer, primeiramente, creiamos e, como consequência, veremos! – ("Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus?" - João 11:40).  
No relacionamento com Deus, quem deve estar no controle de nossas vidas e da situação é DEUS e não nós. Deus não faz sinais maravilhosos com o propósito de agradar as pessoas, mas O faz para manifestar ao mundo o Seu poder, Sua glória e Sua pessoa. – ("Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo".- II Coríntios 4:6).
"Crer em Jesus Cristo como Senhor e Salvador é obra que Deus aprova. Quem não crê no que viu como crerá no que deseja ver?"[4]

4. JESUS, O PÃO DO CÉU    (6:31-36)

v. 31: Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer pão do céu.
v. 32: Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá.
v.33   Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo.
v.34   Então, lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão.
v.35   Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.
v.36   Porém eu já vos disse que, embora me tenhais visto, não credes.

Continuando o discurso de Jesus com a multidão, vemos as pessoas recorrendo ao Antigo Testamento, na parte histórica que todo judeu bem conhece. O povo rememora a história após a saída dos judeus do Egito e o período em que seus pais peregrinaram no deserto. Lembraram que o maná, o pão do céu, foi dado a eles como provisão (Êxodo 16:4).
Posso inferir a fala do povo a Jesus como algo assim: "Mestre, Moisés provou ser um líder enviado e designado por Deus para dirigir o povo e foi por meio de Moisés que o maná foi enviado por Deus do céu. E então Rabi (Mestre)? Que sinal o senhor vai fazer para que nós o vejamos e assim creiamos em ti? Quais são os teus feitos?". Estariam essas pessoas "determinando" o que Jesus devia fazer?  Uma coisa eu sei: Jesus não satisfez a este desejo provocador da multidão. Como sempre, Ele as ensinou com amor.  
Faz-se aqui, necessário falarmos um pouco do Maná que serviu de alimento ao povo de Israel no deserto por 40 anos (Deuteronômio 8:2-3). No deserto, os israelitas estavam em peregrinação rumo à Terra Prometida; não podiam plantar e nem colher e dependiam totalmente da provisão de Deus. Este é um dos ensinamentos que tiramos desta situação. À semelhança do povo de Israel no deserto, estamos transitoriamente nesta vida terrena e dependemos de Deus para todas as coisas, à começar pela vida e ar que respiramos.
Para dirigir o povo nessa jornada Deus estava à frente conduzindo  o povo por meio de seu servo Moisés. A evidência da presença de Deus se manifestava na nuvem durante o dia e a coluna de fogo durante à noite que, se deslocavam e paravam em determinados lugares – ("O SENHOR ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite". – Êxodo 13:21).  O povo nunca sabia quanto tempo permeneceria em cada lugar; sabiam apenas que quando a nuvem ou a coluna de fogo se moviam, era o momento de desmontarem o acampamento, reunir as famílias, os pertences e os animais e, partirem rumo ao desconhecido.
 Não ter o controle e as rédeas da situação angustia a alma do ser humano. Este é mais um ensinamento de Deus para nossas vidas. Por meio desta situação "aparentemente instável" Deus nos ensina que devemos depender DELE em todo e qualquer momento, tempo e lugar onde pisar a planta de nossos pés. Assim como Deus nunca abandonou o povo de Israel, Ele também não nunca nos abandonará – ("Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite".- Êxodo 13:22).
O maná era algo novo que os israelitas não conheciam. O significado da palavra "maná" em hebraico, vem da pergunta "o que é isto?" (Êxodo 16:15). Esta palavra, no entanto, tem uma mensagem simbólica na Bíblia.

·         Tipo e antítipo na Bíblia
Segundo o Pr. Rodrigo Oliveira[5], "A tipologia é  o estudo das figuras e símbolos da Bíblia, com os quais Deus procura mostrar, por meio de coisas terrestres as coisas espirituais. Visto a incapacidade da mente humana de compreender as coisas divinas, nos mesmos termos encontramos no Antigo Testamento Deus falando das glórias celestiais através de coisas terrestres, ou sejam, TIPOS, ou o que revelam o ANTÍTIPO. Não se pode conhecer o ANTÍTIPO, sem antes conhecer o TIPO". Veja exemplos práticos na Bíblia":




"
“Sim, ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que nem tu nem teus pais conhecíeis; para te dar a entender que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor disso vive o homem”.  (Deuteronômio 8.3). -  "Em Deuteronômio, vemos que as Escrituras dizem que o homem não vive de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor. E segundo o texto, o que saía da boca do Senhor? O maná! Agora veja, Jesus usa estas mesmas palavras ao ser tentado pelo Diabo no deserto, E O INTERPRETA ao dizer: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus. Ele substitui a expressão “maná” por “Palavra de Deus”, que era o significado desta figura, que não tinha a imagem exata, mas era sombra de um bem vindouro. O maná, portanto, é um tipo da Palavra de Deus: é o alimento que vem do céu para o sustento do seu povo - “Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”.  (Mateus 4.4)".[6]  
O maná descia do céu, à noite, enquanto as pessoas dormiam (Êxodo 11:9). O Salmo 127:2 nos diz que "Unútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados Ele o dá enquanto dormem". Deus cuida dos Seus!
Ao amanhecer os israelitas deviam colher a porção do dia para a família. No sexto dia, deviam colher e preparar em dobro do que colhiam cada dia (Êxodo 16:4,5), já prevendo para o dia de sábado. Essas orientações de Deus visavam ensinar o povo: Organização; 2. Pensar uns nos outros; 3. Ser moderado; 4. Evitar o desperdício; 5. Preservar o meio ambiente; 6. Guardar o dia de descanso semanal.
A consistência do maná e o modo como devia ser preparado está em Êxodo 11:7-8.
Nos vs. 32 e 33 Jesus esclarece às pessoas sobre o que acabaram de se referir ao maná. Ele faz com que elas atentem para o fato de que Deus é maior do que Moisés, sendo Deus o provedor tanto no tempo da peregrinação no deserto como naquele presente. Jesus mostra também que o maná no deserto saciou a fome daquele povo, mas que Deus havia enviado o verdadeiro Pão do Céu que desceu ao mundo para saciar a fome da humanidade e dar vida. Em outras palavras, Jesus estava dizendo que "os seus ouvintes tinham maior privilégio que os ouvintes de Moisés". (Ryle, 1985, p. 76)[7]
Hendriksen (2004, p. 305)[8] apresenta um quadro comparativo muito interessante e elucidativo sobre esses versículos:

1.       
3.      



Assim como a mulher samaritana  em João 4:15 pediu a Jesus que lhe desse a "água da vida", a multidão pede a Jesus que dê a eles o "pão da vida" (v.34). Jesus então, claramente se apresenta como O Pão da Vida (v.35) e acrescenta "... o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede". Jesus Cristo tanto dá como sustenta a vida. A saciedade em Jesus Cristo é completa!

·                    EU SOU O QUE SOU   /   EU SOU

Quando Moisés foi enviado por Deus a Faraó para solicitar a saída dos israelitas do Egito, instruiu Moisés a responder, quando alguém perguntasse quem o tinha enviado, que EU SOU O QUE SOU / EU SOU é quem o tinha enviado (Êxodo 3:13,14). EU SOU O QUE SOU se refere ao "Eterno, Aquele que sempre existiu, com um nome que está além de qualquer outro, pois descreve quem e o que Deus é. Antes de todas as coisas: EU SOU. Além de todas as coisas: EU SOU. Tudo e todos envelhecemos, mas não o EU SOU. Tudo deixa de existir, mas não o EU SOU. O grande EU SOU é o Ancião de Dias, pois Deus existia antes mesmo de o tempo existir. Mas o EU SOU é eternamente jovem, tão novo como o orvalho que cobre a vegetação pela manhã, pois a existência infinita se estende perante Ele"[9].
No livro de João encontramos Jesus também se identificando como EU SOU. São expressões a respeito de Si mesmo que só podem ser aplicadas à Sua divindade:
1.       Eu sou o Pão da Vida (6:35,38)
2.       Eu sou a porta (10:9)
3.       Eu sou o bom pastor (10:11)
4.       Eu sou a ressurreição e a vida (11:25)
5.       Eu sou o caminho (14:6)
6.       Eu sou a verdade (14:6)
7.       Eu sou a vida (14:6)

Como dissemos anteriormente, Jesus conhece o íntimo do coração do ser humano. Ele bem sabia que aquelas pessoas ainda não O conheciam e nem criam NELE, o verdadeiro Pão do Céu (v.36). Segundo o comentarista bíblico Bruce (1990, p.139), "As palavras 'embora me tenhais visto, não credes' são um eco de João 5:36-38... eles tinham visto Jesus providenciar alimento para a multidão, mas não penetraram no verdadeiro significado do que Ele fez... Diferente do evangelista [João] e seus colegas, eles [a multidão] não tinham "visto a Sua glória"(Jo. 1:14); por isso ainda não podiam receber do pão da vida... A cegueira humana não pode frustrar a obra salvadora de Deus".

5. JESUS REVELA OS PLANOS E A VONTADE DO PAI (6:37-40)

v. 37:Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.
v. 38:   Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.
v. 39   E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.
v. 40:   De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.

É maravilhoso tomar conhecimento dessas assertivas de Jesus Cristo a respeito dos planos e da vontade de Seu Pai.
Desta passagem extraímos:
1.       Jesus tinha certeza de que muitos haviam de vir e crer NELE pela fé.
2.       Cristo veio ao mundo para oferecer a todos uma salvação gratuita.
3.       Todo o que vem a Cristo é tocado e movido pelo Pai.
4.       Na obra de salvar todo pecador, o Pai e o Filho estão unidos.
5.       Todos quantos o Pai envia a Jesus estarão sempre protegidos e em segurança.
6.                  O salvo em Cristo pode descansar e confiar no Pão vivo que desceu do céu, o pão que dá vida a todos.
7.                  Jesus cumprirá cabalmente toda a vontade do Pai e, a vontade do Pai é "... boa, agradável e perfeita..." (Romanos 12:2b).
8.                  A vontade de Deus é salvar; é garantir que o ser humano salvo e redimido pelo sangue de Jesus Cristo tenha a vida eterna (João 3:16) e seja participante da ressurreição do último dia. A expressão "último dia" é o tempo indicado em João 5:28,29 quando "todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão...".
9.                  A vontade de Deus não pode ser mudada (Filipenses 1:6).
10.              O Bom Pastor, que dá a vida pelas ovelhas, jamais deixará seu rebanho cair nas garras de Satanás, mas recolherá para Si no Céu cada alma pela qual deu a Sua vida. Jesus garante que ninguém arrebatará qualquer salvo de Suas mãos (10:28).

Com Jesus temos a segurança de vida eterna e a garantia de que ninguém nos arrebatará das mãos de nosso Salvador.
Aleluia! Maranata!



[1] Estudo do Evangelho de João. Lição 14: Escola Bíblica Dominical da Primeira Igreja Batista de Sobradinho-DF. Lecionada por Raquel Alcantara.
[2] BUENO, Joel Evangelista. João apresenta Jesus. Disponível em www.vidacristasempre.com.br.
[3] HALLEY, Henry H. Manual Bíblico: um comentário abreviado da Bíblia. Traduzido por David A. de Mendonça. São Paulo: Sociedade Regiosa Edições Vida Nova, 1970.
[4] BUENO, Joel Evangelista. João apresenta Jesus. Disponível em www.vidacristasempre.com.br.

[5] OLIVEIRA, Rodrigo M. De. Tipologia Bíblica- parte 1 (o Tabernáculo). Disponível em http://www.atosdois.com.br/print2.php?codigo=3757. Acessado em 09.mai.2015 às 14:45.
[6] SUBIRÁ. Luciano  P. O significado do Maná. Disponível em http://www.orvalho.com/o-significado-do-mana-por-luciano-subira/. Acessado em 09.mai.2015  às 11:12.   – Luciano é o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.
[7] RYLE, J. C. Meditações no Evangelho de João. São José dos Campos/SP: Editora Fiel, 1985.
[8] HENDRIKSEN, William. O Evangelho de João: Comentário do Novo Testamento. Tradução de Elias Dantas e Neuza Batista. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.
[9] EU SOU. Disponível no site Bíblia Ensina. Disponível em http://www.bibliaensina.com/2012/05/eu-sou.html#.VU5bJPlVikp. Acessado em 09.mai.2015  às 16:13.