JESUS, OS FARISEUS E SUA FAMÍLIA
Texto Base:
Mateus 12:31-50
INTRODUÇÃO
Mais
uma vez vemos Jesus em outro debate com os fariseus. Nesta passagem, os
fariseus o acusam de ter expulsado os demônios do cego e mudo pelo poder de
Belzebu, o maioral dos demônios.
Segundo
pesquisas do Pr. Olavo S. Pereira [1],
publicada no site "Verdades Bíblicas" da ABIP – Associação Bíblica
Internacional de Pesquisa, Belzebu era:
Um
deus filisteu e se manifestava na cidade de Ecrom, uma das cinco cidades (Josué
13:3). Ecrom foi dada a Judá como herança (Josué 15:45-47,63). Baal era o
supremo deus dos cananeus, correspondendo a Bel, deus dos babilônicos. Era
chamado Baal-Semain (Senhor do céu), Baal se traduz por senhor, no hebraico. A
forma plural é Baalin (Juízes 2:11). Cada lugar tinha seu próprio Baal, Senhor
divino. Assim havia Baal-Hazor, Baal Hermon, Baal-Peor, Baal-Zebu, deus de
Ecron.
Para termos uma ideia da
gravidade da ofensa que os fariseus imputaram a Jesus Cristo, o Filho de Deus,
transcrevo aqui uma informação a respeito de quem é Belzebu, para os seguidores
da Magia Negra:[2]:
Belzebu
é o tenente dos exércitos infernais, estando directamente sob a autoridade
de Lúcifer, o imperador do Inferno. Belzebu é famoso pelo seu
título: «Senhor das Moscas»; Belzebu é o demônio que por
excelência, proporciona os mais famosos e acertados oráculos.
Belzebu preside à «Ordem da Mosca», e encontra-se entre os mais famosos anjos
caídos. Dizem alguns Grimórios e estudos demonologistas, que Belzebu é uma das
três entidades que constituem a profana trindade dos infernos, aquela que se
opõem à santa trindade dos céus. A profana trindade seria assim
constituída por Lúcifer, Astaroth e Belzebu. A este último é atribuído o pecado
da gula, sendo que se diz que Belzebu habita em África. O demônio Balzebu
preside aos Sabbath das bruxas, pois é senhor de todos os rituais que ali se
celebram. A eucaristia das missas negras é realizada sob o selo de Belzebu. Reza
a história, que Belzebu foi o responsável pela famosa possessão demoníaca de
uma freira de nome irmã «Madalena de Demandoix», no convento de Aix-en-Provence
– França
Observe
que esta não era a primeira vez que os fariseus acusavam Jesus. Em Mateus 9:34,
quando Jesus curou outro mudo vemos a mesma acusação. Por isso, não é sem
motivo que Jesus chama esse grupo de “raça de víboras” em Mateus 12:34.
No
conceito do povo, os fariseus eram homens religiosos que sabiam interpretar e
obedecer corretamente a Lei de Deus - a Torá; mas, na realidade, os fariseus
estavam muito longe de serem realmente cristãos obedientes a Deus. Os fariseus
tinham o autoconceito de serem muito zelosos, mas eles eram verdadeiros
legalistas que impunham pesados fardos sobre o povo, fardos esses que nem mesmo
eles carregavam. Este grupo fazia questão de manter uma aparência santa e
dedicada a Deus, porém internamente eram venenosos como serpentes e espiritualmente
mortos. Jesus, conhecia muito bem o interior dos corações desses homens – "Jesus, porém,
conhecendo-lhes os pensamentos..." (Mateus 12:25) e condenou severamente a
hipocrisia deles.
Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se
mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda
imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por
dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade" (Mateus 23:27,28).
“Os fariseus legalistas tinham, e têm, os seus
pescoços tão endurecidos que não podiam, e nem podem, dobrá-los para ver os
seus próprios umbigos e nem levantar as suas cabeças para ver a glória de Deus”
(Raquel Alcantara – publicado no facebook em 28/05/2018).
Os
legalistas fariseus e escribas não mediam esforços para irem aonde Jesus
estava. Na lição anterior de Mateus 12:1-30 vimos que Jesus estava passando nas
searas, portanto, eram lugares distantes da cidade, no campo. Mas lá estavam os
fariseus com o intuito de hostilizar Jesus, de rejeitá-LO, de fazê-LO
desacreditado entre o povo e de reunirem provas contra Jesus.
Na
lição de hoje daremos continuidade ao embate de Jesus com os fariseus. É sempre
bom relembrar que cada situação adversa servia como um aprendizado para os discípulos
que, atentamente, acompanhavam seu Mestre e O viam refutar com segurança tendo
a Palavra de Deus como arma aos ataques dos hipócritas escribas e fariseus. Tais
embates fortaleceram a fé dos discípulos e serve para nós também de grande ensino
e inspiração à obediência e dependência em Deus.
I.
A
BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO (12:31-37)
A
Blasfêmia significa “ofensa,
insulto, difamação, palavra ou ato injurioso” contra uma qualquer pessoa, coisa respeitável, divindade,
religião ou a tudo que é considerado sagrado.
Em
Levítico 24:11-16, temos as regras para pena pelo pecado de blasfêmia contra o
Senhor Deus. No texto, o filho de uma mulher israelita da tribo de Dã, casada com
um homem egípcio, blasfemou contra o Senhor. Ele foi levado a Moisés que
determinou a sua prisão até que Deus dissesse o que fazer com o homem. Deus
respondeu que todo aquele que blasfemasse contra o Senhor, deveria ser levado
para fora do arraial, ser julgado ouvido as testemunhas que o viram pronunciar
a ofensa e, depois a punição seria a morte por apedrejamento (v.14). Esta
punição era aplicada a judeus e estrangeiros que viviam entre o povo de Israel.
No
Código Penal Brasileiro (CPB) existem
três tipos de crimes contra a honra da pessoa. São eles: calúnia (Artigo 138),
difamação (Artigo 139) e injúria (Artigo 140). Todos três preveem punição de um
mês até dois anos de detenção, podendo, também, incorrer em pagamento de multa.
Vemos, portanto, que a Lei Mosaica era o código de conduta dado por Deus ao
povo de Israel e que nosso Código Penal se embasou na Lei Mosaica para exercer
a punição nesses crimes, com exceção da cláusula em relação à morte, visto que
Cristo cumpriu a Lei, não havendo atualmente a aplicação da severidade “olho por olho, dente por dente,
vida por vida...” (Êxodo 21:23-25).
Mesmo porque, se o Código Penal Brasileiro aplicasse a pena de morte estaria em
conflito e transgredindo a Constituição Brasileira, a Lei Magna que garante o
direito à vida e à dignidade da pessoa no seu Artigo 5°: “Todos são iguais perante a
lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
Jesus
assegura que o pecado de blasfêmia do ser humano contra o seu próximo tem
perdão (v. 31; Marcos 3:28). O perdão só é possível porque é obra do Espírito
Santo convencer o transgressor do seu pecado, da justiça e do juízo de Deus, guiar
e conduzir o pecador a toda a verdade e glorificar a Deus (João 16:8-14). Portanto, o perdão tem como
finalidade restituir a boa convivência e a amizade interrompida entre as
pessoas, e a comunhão entre as pessoas e Deus, resultando em glórias a Deus. Assim
sendo, rejeitar o arrependimento é blasfêmia porque
insulta Deus, que nos deu Tudo para trazer a salvação e a
libertação do pecado.
Jesus
também afirma que Ele, o Filho do Homem, é capaz de suportar a ofensa e perdoar
caso algum ser humano profira alguma palavra contra Ele; entretanto, no caso da
blasfêmia ser contra Deus e contra o Espírito Santo, não há perdão, pois Deus é
Santo e requer de nós respeito à Sua Santidade.
Então,
o que é a blasfêmia contra o Espirito Santo de acordo com Mateus 12:32 e Lucas
12:10? A Bíblia não diz exatamente o que é a blasfêmia contra o Espírito Santo,
mas o contexto da passagem nos mostra que
falar contra Deus e rejeitar-LO total e continuamente, prática esta que era
própria dos escribas e fariseus, e, a
atribuir ao poder de Belzebu os milagres e sinais realizados por Jesus Cristo,
o Filho de Deus, é sim um crime de honra, de blasfêmia contra a Trindade
Santa.
Quando
Jesus diz aos escribas e fariseus que “não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir”
(v.32), Ele não está dando margem para interpretarmos que certos pecados serão
perdoados na vida futura como ensina a igreja católica apostólica romana com a
doutrina do purgatório.
O
site Universo Católico publicou um extrato do livro de autoria do Monsenhor
Ascânio Brandão sobre a doutrina do Purgatório[3]
em que ele explica:
Desde os
primórdios a Igreja, assistida pelo Espírito Santo (cf. Mt 28,20; Jo 14,15.25;
16,12-13), acredita na purificação das almas após a morte, e chama este estado,
não lugar, de Purgatório. Ao nos ensinar sobre esta matéria, diz o nosso
Catecismo: “Aqueles que morrem na graça e na amizade de Deus, mas
imperfeitamente purificados, estão certos da sua salvação eterna, todavia
sofrem uma purificação após a morte, afim de obter a santidade necessária para
entrar na alegria do céu” (CIC, §1030). Logo, as almas do Purgatório “estão
certas da sua salvação eterna”, e isto lhes dá grande paz e alegria. Falando
sobre isso, disse o Papa João Paulo II: “Mesmo que a alma tenha de sujeitar-se,
naquela passagem para o Céu, à purificação das últimas escórias, mediante o
Purgatório, ela já está cheia de luz, de certeza, de alegria, porque sabe que
pertence para sempre ao seu Deus.” (Alocução de 03 de julho de 1991; LR n. 27
de 07/7/91). O Catecismo da Igreja ensina que: “A Igreja chama de purgatório
esta purificação final dos eleitos, purificação esta que é totalmente diversa
da punição dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao
Purgatório principalmente nos Concílios de Florença (1438-1445) e de Trento
(1545-1563)” (§ 1031). “Este ensinamento baseia-se também sobre a prática da
oração pelos defuntos de que já fala a Escritura Sagrada: ‘Eis porque Judas
Macabeus mandou oferecer este sacrifício expiatório em prol dos mortos, a fim
de que fossem purificados de seu pecado’ (2 Mac 12,46). Desde os primeiros tempos
a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em favor dos
mesmos, particularmente o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados,
possam chegar à visão beatífica de Deus. (...)
Tudo quanto te vier à
mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais,
não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.
Eclesiastes 9:10)
“e, tendo sido
aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe
obedecem”. (Hebreus 5:9)
“não por meio de sangue
de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos
Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção".
(Hebreus 9:12)
“Ora, neste caso, seria
necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo;
agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para
aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. E, assim como aos homens
está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim
também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de
muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”.
(Hebreus 9:26-28)
“Porque, com uma única
oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados”. (Hebreus 10:14)
“Se, porém, andarmos na
luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de
Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”.
(I João 1:7)
“e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o
Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e,
pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados”.
(Apocalipse
1:5)
“Respondi-lhe: meu
Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande
tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro”.
(Apocalipse
7:14)
Vemos
então que a decisão da salvação por meio do sacrifício vicário de Jesus Cristo é
feito em vida, pois Jesus Cristo pagou de uma vez por toda a nossa dívida de
pecado. A única ação que devemos fazer é crer em NELE como nosso Salvador
pessoal. O tempo para esta decisão é agora, é hoje enquanto estamos vivos, pois
após a morte nenhuma esperança há de purgação, de pagamento de pecados
praticados em vida. As Escrituras afirmam: “ E, assim como aos homens está
ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus
9:27). Portanto, reitero que não existe purgatório e nem reencarnação que livre
o ser humano da pena eterna se este morrer sem a salvação que Jesus Cristo
oferece.
Em
seguida, e como parte ainda do embate com os escribas e fariseus, Jesus ensina como
as pessoas podiam identificar a idoneidade, a competência e o cárater entre Ele
e Seu ministério e, entre a pessoa e obras/caráter dos fariseus.
Para
isso, Jesus recorre a algumas figuras comparativas tais como:
Através
destas comparações Jesus ensina que uma árvore de boa qualidade e saudável vai
produzir frutos saudáveis (v. 33) porque o fruto e a árvore formam um conjunto;
portanto, se a árvore é boa e saudável é natural que ela produza frutos bons e
saudáveis; mas se a árvore é doente e raquítica o que se pode esperar dela é a produção
de frutos doentes, mirrados e impróprios para o consumo ou, até mesmo, a
esterilidade. Por isso, Jesus compara os fariseus a árvores doentes que
produzem frutos maus, ruins, cujos frutos são resultantes de seu estado de
doença espiritual.
Jesus
também compara os fariseus às víboras.
A zoologia classifica as víboras como
um grupo de cobras venenosas,
que se diferenciam das serpentes semelhantes existentes na América do Sul por
não apresentarem na frente da cabeça uma depressão profunda chamada fosseta
lacrimal abaixo e adiante do olho. As víboras são dotadas de um par de presas
compridas e ocas (dentes inoculadores de veneno) no maxilar superior” [4]
As víboras são animais
predadores... por detrás de cada olho têm uma glândula de veneno... As víboras
são as serpentes com a maior dentadura. Os seus dentes são longos e
pontiagudos. Em certas ocasiões, as víboras mostram a sua dentadura de forma
ameaçadora para assustar um possível predador. [5]
Outra
característica interessante a respeito das víboras, segundo o site Vida Animal[6]
é que elas não têm qualquer afeição aos seus filhotes; após saírem dos ovos, a
víbora não dá atenção aos seus filhotes e abandona-os em qualquer lugar após o
nascimento. Esta característica animal é bem semelhante à comparação que Jesus
faz em relação aos legalistas fariseus e escribas.
Vê-se,
portanto, que as víboras são altamente perigosas e nocivas ao ser humano,
podendo levá-lo à morte se infectado pelo veneno mortal deste animal. No sentido
figurado, Jesus está dizendo que os fariseus e escribas eram tais como as
víboras, cheios de veneno mortal em seu interior, o que fazia deles pessoas más, traiçoeiras e de temperamento agressivo. (v.34)
Sendo pessoas más, cheias de veneno interior, os fariseus
eram incapazes de dizer ou fazerem coisas boas, por esta causa Jesus adverte
que o falar exala o conteúdo do coração. Se o conteúdo do coração é bom,
palavras boas e edificantes são pronunciadas; mas no caso dos fariseus, o
conteúdo do coração deles era mau e o veneno era destilado por meio de suas
palavras e ações (v.34)
Outra comparação que Jesus faz é em relação ao homem e ao
tesouro. O tesouro é algo que é muito precioso ou estimado,
podendo ser: ouro, prata, pedras de grande valor ou dinheiro, a saúde, a paz, a
família, o bom nome, virtudes, valores, princípios ou qualquer outro bem, coisa
ou pessoa pelo qual se tem profunda afeição, valoração ou apreço. O tesouro em
si não é mal. Também não é mal possuir tesouros e não é pecado uma pessoa ser rica
e abastada. O perigo é fazer das riquezas e do tesouro acumulado a razão de sua
existência e o centro de sua vida. Jesus advertiu:
Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a
ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem
ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu
coração. (Mateus
6:19-21)
Jesus ensina que o homem bom, justo e reto tem discernimento
para retirar do seu tesouro, do seu depósito, isto é, do seu interior aquilo
que é bom e edificante. Mas o homem mau, por ser dotado de um interior mau e
corrompido, é tendencioso a se utilizar das coisas que o seu mau tesouro
interior proporciona (v. 35).
Não era nem preciso que os fariseus dissessem algo, Jesus
conhecia bem o interior dos seus corações. Deus conhece tudo o que se passa em
nossas mentes e corações. A Palavra de Deus nos diz em Hebreus 4:13 que “... não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo
contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a
quem temos de prestar contas”. O
salmista Davi também declara no Salmo 139:1-18 que Deus nos conhece e não
existe qualquer possibilidade de escondermos nada DELE.
SENHOR, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me
levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o
meu deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à
língua, e tu, SENHOR,
já a conheces toda. Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim pões a mão.
Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o
posso atingir. Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da
tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo
abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins
dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá. Se
eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará
noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a
mesma coisa. Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha
mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste;
as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos
não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas
profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no
teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e
determinado, quando nem um deles havia ainda. Que preciosos para mim, ó Deus,
são os teus pensamentos! E como é grande a soma deles! Se os contasse, excedem
os grãos de areia; contaria, contaria, sem jamais chegar ao fim.
Portanto, Jesus tinha
Toda a autoridade para repreender os fariseus e ensinar a seus discípulos, e a
nós, sobre a seriedade de termos uma conduta cristã ilibada, ou seja, “liberta
de culpa, absolvida, inocentada, perdoada, pura, sem mancha, imaculada, limpa,
íntegra e inatacável”[7]
por meio do poder do sangue remidor de Jesus Cristo.
Jesus adverte para a
seriedade das palavras que pronunciamos. É tão sério este assunto que Ele nos conscientiza
que o muito de tudo o que dizemos é categorizado como “palavras frívolas” (v. 36) . O dicionário define “frívolo” como “aquilo que não tem importância, inútil,
superficial e volúvel”.
Como cristãos, tocados
pelo Espírito Santo, causa-nos vergonha ver o quanto temos falhado neste ato.
Somos convencidos pelo Espírito Santo a mudar nossa conduta. As palavras que
dizemos mostram se somos ou não regenerados em Cristo, portanto, elas indicam o
caráter do indivíduo e podem tanto nos salvar como nos condenar.
II.
O
SINAL DE JONAS (12:38-42)
Prosseguindo,
vemos a audácia e o sarcasmo dos fariseus e escribas pedindo a Jesus para fazer
algum sinal especialmente para eles. Mas Jesus não os atende, porque Deus não atende a pessoas soberbas e cheias de si
(vs. 38,39), pelo contrário, “Deus resiste aos soberbos” (Tiago
4:6b).
Jesus
categoriza os fariseus de “geração má, adúltera e perversa (vs. 38,45). O que
ele queria dizer com isso? Jesus os chama assim porque eles haviam se afastado
de Deus e este afastamento era comparado à mulher infiel e adúltera que se
afasta de seu marido, conforme Jeremias 3:20 – “Deveras,
como a mulher se aparta perfidamente do seu marido, assim com perfídia te
houveste comigo, ó casa de Israel, diz o SENHOR”. A nação de Israel
estava longe de Deus, estava agindo com perfídia, ou seja, estava sendo
infidelidade, violando um compromisso assumido.
Por
este motivo, Jesus declara que o único sinal que eles teriam era o sinal do
profeta Jonas. Os fariseus bem conheciam quem era Jonas e o que aconteceu ao
profeta depois dele ter desobedecido a Deus. Por três dias Jonas passou no
ventre do peixe e da mesma maneira Jesus declara que haveria de passar três
dias no coração da terra (v.40), porém Ele não dá mais detalhes aos seus
ouvintes do que significava suas palavras. Jesus estava falando de sua morte e
ressurreição que os fariseus incrédulos haveriam de ver.
Nos
Seus ensinos refutando os fariseus Jesus menciona algumas cidades que
rejeitaram a Deus e se tornaram perversas tanto como Sodoma e Gomorra (Mateus
10:15). São elas Corazim, Betsaida e Cafarnaum em cujos lugares Jesus realizou
milagres, mas foi rejeitado pelo povo desses lugares (Mateus 11:20-24). Jesus afirma
que aquela geração dos seus dias era pior que a geração daquelas cidades. Ele
também menciona Nínive, uma cidade cujo povo era gentio e idólatra e que veio a
se arrepender com a mensagem que Jonas pregou; os ninivitas não endureceram o
seu coração e nem rejeitaram a repreensão de Deus, mas aceitaram a mensagem de
arrependimento.
A
rainha do Sul, ou rainha de Sabá[8],
que também era gentia e idólatra veio até Salomão quando ouviu sobre a sua fama
e das maravilhas que Deus fazia por meio dele. A rainha saiu de sua terra distante
e foi até Jerusalém para conhecer pessoalmente o rei e ver de perto o motivo de
sua prosperidade. Ao ver e conferir tudo a rainha de Sabá, extasiada,
engrandeceu ao SENHOR (I Reis 10:1-10).
Jesus,
então, afirma que tanto os ninivitas quanto a rainha de Sabá haveriam de
condenar a nação de Israel por rejeitarem a Jesus Cristo. E mais, Jesus afirmou
aos que O ouviam na sinagoga que Ele é maior que Jonas e Salomão. O profeta
Jonas foi importante na salvação de toda uma cidade e o rei Salomão foi
importante e deu um grande testemunho revelando Deus para uma rainha de um país
pagão.
Jesus
disse ao seu público que passaria “Três
dias e três noites no coração”. O comentarista bíblico CHAMPLIN[9]
explica que os pais da igreja e os modernos também interpretam que este lugar
pode se referir ao hades, o lugar dos espíritos dos mortos.
O
terceiro capítulo de I Pedro mostra que Jesus teve um ministério neste lugar ,
entre os espíritos dos mortos; mas a referência , aqui, provavelmente só quer
mostrar o fato da morte de Cristo e a prova de que Ele estaria no sepulcro, no
estado da morte, por “três dias e três noites”. De acordo com a crença popular,
o hades se achava no centro da terra e a expressão coração da terra reflete essa ideia. Não se pode afirmar ou negar
se o autor desse evangelho aceitava essa localização... Mateus simplesmente
empregou uma expressão comum, referindo-se ou não ao hades... indicando tão
somente o fato de que Jesus estaria no sepulcro durante um período determinado,
antes de sua ressurreição.
O
que significa Hades[10]?
No Antigo
Testamento a palavra Sheol ocorre 65 vezes e é traduzida na versão inglesa da
Bíblia trinta e uma vezes como “sepultura”, três vezes como “abismo” e trinta e
uma vezes como “inferno”, o que significa que os excelentes tradutores da
versão inglesa de 1611 não consideraram a palavra como tendo um significado
uniforme. Ela aparece na versão grega sessenta e uma vezes como Hades, duas
vezes (II Samuel 22:6 e Provérbios 23:14) como “morte” (thanatos),
enquanto em duas passagens (Jó 24:19 e Ezequiel 32:21) não exista uma
contrapartida exata das referências hebraicas que esteja reproduzida na
Septuaginta, e por isso não há uma representação dessa palavra nestes casos.
Para concluir este bloco de refutações,
Jesus faz uma declaração que em nada agradou os fariseus e escribas. Ele se
declara maior que o profeta e o rei. De fato Ele, é não somente para uma cidade
ou povo; Jesus Cristo é muito mais importante para o mundo todo, pois Ele é o
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
III.
O
RETORNO DO ESPÍRITO IMUNDO (12:43-45)
Após
mostrar aos fariseus e escribas o quanto é perigoso o uso descuidado das
palavras, principalmente com o propósito de blasfemar a Deus, Jesus retoma o
assunto sobre a possessão demoníaca e passa a ensinar a estratégia de Satanás para
se apossar de uma pessoa.
Segundo
o comentarista bíblico Champlin (idem), os versículos 43 a 45 constituem uma
breve parábola que ilustra as condições da nação de Israel, referindo-se aos
exorcismos e à blasfêmia dos fariseus e escribas.
“A
possessão demoníaca é real”, afirma o psiquiatra americano Richard
Gallagher[11].
Este
médico foi contratado por um sacerdote católico que procurava sua opinião
profissional, especificamente para descartar uma mulher que autoproclamava ser
uma sacerdotisa satânica. Gallagher teve várias conversas com a mulher e ele
declara:
“Senti-me cético. Mas o comportamento da mulher superou o que
podia explicar com minha formação. Ela podia dar-se conta dos segredos de algumas
pessoas, sabia como tinham morrido indivíduos que nunca conheceu, incluindo a
minha mãe e seu caso mortal de câncer de ovário”.
Além disso, seis pessoas asseguraram ao médico que durante os
exorcismos realizados a esta mulher, escutaram-na falar vários idiomas
incluindo o latim, que era totalmente desconhecido para ela. Gallagher ainda
diz que...
... geralmente uma pessoa possuída pode entrar em uma espécie
de transe e apresentar estados de voz em que pode injuriar e menosprezar a
religião, assim como entender e falar vários idiomas estrangeiros previamente
desconhecidos, pode apresentar uma força enorme ou inclusive o estranho
fenômeno de levitação. Pode-se exibir ‘conhecimento oculto’ de todo tipo de
coisas, como a forma em que seres queridos de estranhos morreram, os erros que
cometeram, inclusive como se encontram as pessoas em um momento dado.
Segundo Gallagher, estas são habilidades que não se podem
explicar, exceto pela capacidade psíquica ou sobrenatural. No caso da mulher em
que estava analisando, o psiquiatra afirma que não encontrou evidência
científica para provar que ela sofria de um transtorno mental e assegurou que se
tratava de uma posse demoníaca.
A
Bíblia registra vários casos de possessão demoníaca em pessoas que se
manifestaram em forma de doença, entretanto, não podemos afirmar que as doenças são, necessariamente, uma possessão
demoníaca. Eis alguns casos:
a.
Mateus 9:32-34: mudez
b.
Mateus 12:22: mudez e cegueira
c.
Mateus 17:14-18: lunático ou epilético. Neste caso, manifestava-se na forma de
uma doença, a epilepsia.
d.
Marcos 5:1-20: comportamento agressivo, segregação social, força sobrenatural e
mutilação física.
e.
Lucas 22:3-6: espírito de dissimulação, de ambição e de traição
f.
Atos 16:16-18: espírito de adivinhação
O
alvo preferencial dos demônios é a alma do ser humano. Ao criar o homem, Deus
deu a ele inteligência e raciocínio. É por isso que os demônios preferem as
pessoas, pois através do corpo e da mente humana é que os demônios podem e se
manifestar neste mundo.
Mas
também nos vem a pergunta: os demônios podem se manifestar em animais? A
resposta é sim. A Bíblia relata em Marcos 5:1-20 que os demônios saíram de um
homem e entraram em uma manada de porcos que se precipitou no mar e todos
animais morreram afogados.
Em
Gênesis 3 uma serpente foi usada pelo príncipe dos demônios para tentar Eva
que, por sua vez, levou Adão a pecar desobedecendo às ordens de Deus e,
consequentemente, todos que deles originaram se tornaram pecadores e separados
de Deus.
Diz o insensato no seu coração: Não há
Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem. Do céu
olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há
quem busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente corromperam; não há quem
faça o bem, não há nem um sequer” . (Salmo
14:1-3 e 53:1-3)
“como está escrito: Não há justo, nem um
sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à
uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer”. (Romanos 3:10-12)
“pois
todos pecaram e carecem da glória de Deus”. (Romanos
3:23)
“Portanto, assim como por um só homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a
todos os homens, porque todos pecaram”. (Romanos
5:12)
Os demônios estão em constante
movimento pela terra (v,43). Isto é normal para eles, visto que o chefe deles
também tem a mesma prática.
Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante
o SENHOR, veio também Satanás entre eles. Então,
perguntou o SENHOR a Satanás: Donde vens? Satanás respondeu ao
SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por
ela. (Jó 1:6,7)
Jesus ensina que os demônios vivem em
busca de um repouso, preferencialmente, o corpo de alguma pessoa. Em sua
constante disputa com Deus, Satanás usa seus servos malignos para se apossarem
dos corpos humanos. Quando isso acontece há muita crueldade, pois o demônio
nunca entra sozinho, ele leva outros sete muito piores com a intenção de
destruir a pessoa. – “Quando o espírito imundo sai do homem, anda por
lugares áridos procurando repouso, porém não encontra” (v.43).
A pessoa que teve demônios expulsos de
seu corpo deve, imediatamente, se tratada, discipulada, salva pelo sangue de
Jesus Cristo e habitada pelo Espírito, pois se ela continua com sua “casa”
vazia, varrida e ornamentada” será alvo de nova possessão ainda mais violenta.
O corpo é a casa que Deus nos dá para
vivermos nesta terra. O corpo humano é o templo em que Deus, na pessoa do
Espírito Santo, deseja habitar.
Acaso, não sabeis que o
vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da
parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? (I Coríntios 6:19)
Quando o Espírito Santo habita na
pessoa existe vida e produção de fruto (Gálatas 5:22,23). Na casa onde Deus
habita não existe espaço para a perversidade, porque a qualidade de perverso
não condiz com a nova natureza que temos em Cristo.
Ao dizer que aquela geração de seus
dias era uma geração perversa, em alusão aos escribas e fariseus que sempre
estavam por perto para hostiliza-Lo, Jesus estava revelando que a perversidade
deles se manifestava na capacidade que tinham de prejudicar intencionalmente
qualquer pessoa, visto que seus corações eram maldosos, ruins, malévolos e
possuidores de péssimas qualidades morais tal como os corações dos assassinos.
Por isso, é bom lembrar e praticar a recomendação
da Palavra de Deus para nós feita pelo apóstolo Paulo:
Portanto, vede prudentemente
como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque
os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai
compreender qual a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, no
qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com
salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos
espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de
nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de
Cristo. (Efésios 5:15-21)
No coração salvo por Jesus Cristo e
cheio do Espírito Santo não há lugar para o inimigo de nossas almas.
O fato real é que todo cristão, lavado
e remido pelo sangue de nosso Senhor Jesus Cristo está liberto de ser possesso
por espíritos imundos. Entretanto, nós ainda estamos aqui na terra e como Jesus
mesmo diz, em nossa jornada terrena passaremos por aflições , tentações, provas
e tribulações - No
mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu
venci o mundo (João 16:33). Temos a garantia DELE de que não estamos sozinhos;
Deus está conosco em todo o tempo e sempre nos dará a vitória e nos livrará de
todas as investidas de Satanás contra nós. Tudo o que acontece aos filhos de
Deus está sob o total conhecimento e controle do próprio Deus. Vemos que esta
verdade foi vivida por Jó. Satanás atribulou a vida de Jó, mas ele não teve
autorização de Deus para tirar a vida do íntegro servo de Deus.
Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o
meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e
reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus? Acaso, não o
cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos
abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra. Estende, porém, a
mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua
face. Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está
em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença
do SENHOR. (Jó 1:8-12)
Portanto,
Mas “Rejeitar e resistir obstinadamente a Graça salvadora de Deus é garantir o
passaporte para uma eternidade de tormentos na companhia do Diabo e de seus
servos malévolos. A atitude mais sábia que uma pessoa pode tomar em vida é se
entregar totalmente a Deus e aceitar a salvação de sua alma por meio de Jesus
Cristo, o Filho Deus. Só em Jesus encontramos paz e segurança”. (Raquel
Alcantara. Publicado no facebook em 30/05/2018).
IV.
A
MÃE E OS IRMÃOS DE JESUS (12:46-50)
Chegamos à última parte deste estudo. O
escritor narra a chegada da família de Jesus na sinagoga à procura dEle. É
interessante notar que esta é a segunda vez que a Bíblia registra a família de
Jesus em busca dEle. A primeira vez foi quando Ele ainda era menino e estava,
também, na sinagoga no meio dos doutores respondendo às perguntas deles.
Encontramos este registro em Lucas 2:41-52.
A segunda vez é o texto que estamos
estudando. O mesmo texto encontramos em Marcos 3:31-35 e Lucas 8:19-21. O
escritor de Lucas dá uma informação que explica o por quê a família de Jesus
não conseguiu entrar na sinagoga para falar com ele (v.46) – “A
mãe e os irmãos de Jesus vieram até o lugar onde ele estava, mas, por causa da
multidão, não conseguiam chegar perto dele” (Lucas 8:19 - NTLH). Foi por este motivo que alguém foi
avisá-LO (v.47).
Ao
saber que sua família o aguardava, antes de sair para se encontrar com sua família,
Jesus “pega um gancho” do comunicado e
fecha o discurso fazendo uma pergunta retórica.
A pergunta
retórica é uma
interrogação que não tem como objetivo obter uma resposta, mas sim estimular a
reflexão do indivíduo sobre determinado assunto. - “Quem é minha mãe e quem são
meus irmãos? (v.48). Jesus era mestre em fazer uso desse tipo de
pergunta que levava as pessoas a refletirem.
Jesus ensina
que toda pessoa que faz a vontade de Seu Pai Celeste pode ser considerada como
alguém que pertence à família DELE e de Deus, o Seu Pai (v.49,50).
Vejo
nestas palavras de Jesus à multidão que O ouvia, inclusive os escribas e fariseus, um apelo para o
arrependimento.
Com
isso, Jesus fecha a boca dos escribas e fariseus e põe um ponto final a esse debate.
CONCLUSÃO:
A Graça e a Misericórdia de
Deus se renovam a cada manhã e são gratuitamente oferecidas a todas as pessoas,
incluindo o mais vil pecador. “Assim como diz o Espírito Santo: HOJE, se ouvirdes a sua
voz, não endureçais o vosso coração...” (Hebreus 3:7,8a).
[1]
BELZEBU. Disponível em http://www.verdadesbiblicas.com.br/?p=60
. Acessado em 08.mai.2018 às 09:32.
[2]
BELZEBU. Disponível em http://www.magianegra.com.pt/Belzebu.htm.
Acessado em 08.mai.2018 às 09:44.
[3]
Doutrina do Purgatório. Disponível
em http://www.universocatolico.com.br/index.php?/pdf/a-doutrina-do-purgatorio.pdf.
Acessado em 28.mai.2018 às 10:30.
[4]
Víboras. DICIO – dicionário online
de português. Disponível em https://www.dicio.com.br/viboras/,
Acessado em 21.mai.2018 às 11:00.
[5]
Víboras. Disponível em http://repteis.mundoentrepatas.com/viboras.htm.
Acessado em28.mai.2018 às 11:04.
[6]
Vida Animal: víboras. Disponível em http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/vibora.htm.
Acessado em 28.mai.2018 às 11:11.
[7]
ILIBADA. Disponível em https://www.sinonimos.com.br/ilibado/.
Acessado em 21.mai.2018 às 16:54.
[8]
Biografia de Rainha de Sabá: “...Sabá, segundo alguns pesquisadores,
ficava localizado no leste da África (na atual Etiópia) ou talvez, na região
sul da península Arábica (no atual Iêmen), durante o século X a. C.”.
Disponível em https://www.ebiografia.com/rainha_de_saba/. Acessado em 28.mai.2018 às 17:59.
[9]
CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo
Testamento Interpretado versículo por versículo. Volume I, São Paulo:
MILENIUM Distribuidora Cultural Ltda, 1983.
[10]
O que a Bíblia ensona sobre Hades ou Sheol. Disponível em https://www.respondi.com.br/2011/04/o-que-biblia-ensina-sobre-o-sheol-ou.html.
Acessado em 03.jun.2018 às 07:42,
[11]
Psiquiatra americano afirma: a possessão demoníaca é real. Disponível em https://www.acidigital.com/noticias/psiquiatra-americano-afirma-a-possessao-demoniaca-e-real-28925.
Acessado em 28.mai.2018 às 19:14.
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