quarta-feira, 18 de novembro de 2015

JESUS É INTERROGADO PELAS AUTORIDADES[1]
João 18:25-40




I.                    INTRODUÇÃO:

Depois de ser preso no Jardim do Getsêmani, Jesus foi levado à presença de três autoridades, sendo duas delas judias e da classe religiosa dos Sumo-Sacerdotes e, a terceira uma autoridade do governo romano.
A primeira autoridade foi Anás. A Bíblia relata que ele era sumo sacerdote desde o tempo em que João Batista exercia seu ministério pregando no deserto; era também o sogro de Caifás (Lucas 3:2). Na cultura judaica, o cargo de sumo sacerdote era vitalício. Entretanto, historiadores informam que Anás foi sumo sacerdote do ano 6 a 15 d.C, nomeado para o cargo por Quirino, governador da Síria, visto que naquela época, a Judeia estava subordinada à Síria como uma província romana de importância menor. Mesmo depois de deposto por Valério Grato, prefeito da Judeia, Anás continuou a ter forte influência, poder e prestígio como ex-sumo sacerdote[2]. Explica-se, portanto, o motivo pelo qual Jesus foi levado a ele para um interrogatório preliminar (v. 13). Anás se eximiu de acusar Jesus a Pilatos, o governador romano e encaminhou o caso a Caifás, o sumo sacerdote em exercício naquele ano, que era seu genro Caifás, o qual cabia essa incumbência (João 18:19-24).  
A segunda autoridade era Caifás (v. 13 e Lucas 3:2). Como sumo sacerdote, Caifás era presidente do Sinédrio. Em João 11:49,50 quando os principais sacerdotes e fariseus convocaram o Sinédrio para tramar a morte de Jesus, Caifás estava presente e declarou que era mais conveniente morrer uma pessoa só do que toda a nação perecer nas mãos do governo romano. A Bíblia afirma que as palavras de Caifás foram profecia vinda da parte de Deus. Embora os líderes religiosos cressem que a morte de Jesus seria uma maneira de tirá-LO do caminho deles, as palavras de Caifás sobre a morte de Jesus serviu como um testemunho da parte de Deus, de que Jesus haveria de morrer não somente pela nação judaica, mas pelo mundo todo, cumprindo assim os propósitos divinos de formar um corpo espiritual: a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo! (João 3:16; João 17:21-23; Romanos 5:12-21).

II.                 PEDRO NEGA SER DISCÍPULO DE JESUS  (18:25-27)
Antes de prosseguir a narrativa de interrogatórios a que Jesus foi submetido, João finaliza o relato da negação de Pedro, em cumprimento à palavra de Jesus em João 13:36-38; Mateus 26:31-35; Marcos 14:27-31; Lucas 22:31-34. A primeira vez que Pedro negou conhecer Jesus e fazer parte de seu colégio apostólico foi no v. 17.
As outras duas negativas estão registradas nos vs. 25-27 e aconteceram na casa do sumo sacerdote Caifás, de madrugada, ao redor de um braseiro onde ele e outras pessoas estavam se aquentando do frio. Pedro foi reconhecido e confrontado pelo parente do servo que ele havia decepado a orelha no jardim do Getsêmani. O canto do galo, "... no mesmo instante..." como João reforça, foi a maneira que Deus usou para lembrar Pedro de sua fragilidade humana, de sua impetuosidade e auto-suficiência. Mateus 26:75) e Lucas 22:62 registram que Pedro "... chorou amargamente". Marcos 14:72 fala que Pedro "... caindo em si, desatou a chorar".
Lucas 22:61 enfatiza que na terceira vez que Pedro negou a Jesus em público, o próprio Jesus, que certamente estava ali por perto, "...fixou os olhos em Pedro..." e este olhar também fez com que Pedro se lembrasse de que fora avisado que negaria seu Mestre.
Quantas vezes temos agido como Pedro?! Deus nos ensina que a nossa suficiência deve estar e vir DELE e não de nós mesmos, pois somos fracos e pecadores – "não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus" ( II Coríntios 3:5)
No Velho Testamento, em Números 22, Deus fez uma jumenta falar para repreender o desobediente, obstinado e interesseiro profeta Balaão.
No livro "Temperamentos controlados"[3] escrito por Tim LaHaye, o autor menciona que:
"Temperamento  é a combinação de características congênitas herdadas de nossos pais e avós e coordenadas com base na nacionalidade, raça, sexo e outros fatores hereditários; Caráter é o verdadeiro eu. A Bíblia o chama de "a essência secreta do coração". O fruto do temperamento burilado pela disciplina e educação recebidos na infância e pelos comportamentos básicos, crenças, princípios e motivações, denominado, às vezes, alma - é composta, esta, por cérebro, emoções e vontade e Personalidade - semblante externo de nós mesmos. Frequentemente uma fachada agradável para um caráter medíocre ou mesmo desprezível, principalmente hoje em dia".

Segundo Moura (2011)[4], em estudo baseado no livro "Temperamentos controlados", Pedro é uma das pessoas que mais sobressai nos evangelhos, característica típica de um sanguíneo de chamar a atenção por onde passa. Dentre os discípulos é o que deixa seus defeitos visíveis a todos, num momento é amável e alegre, no outro assusta com suas atitudes: Pedro falava mais que os outros discípulos; o Senhor conversava muito amiúde com ele e foi Pedro quem teve a ousadia de repreender o Mestre... Mas, Quando Pedro experimentou a plenitude do Espírito Santo foi o homem de maior influência na Igreja dos primeiros tempos e um desafio para os cristãos exemplificando o que o Espírito Santo pode fazer com uma vida entregue a Ele.
Os quatro tipos de temperamento classificados por LaHaye, são: sanguíneo, colérico, melancólico e fleumático. Cada um deles apresenta qualidades e defeitos. Moura (idem) ainda cita que as qualidades do sanguíneo é ser uma pessoa comunicativa, destacada, entusiasta, afável, simpática, boa companheira, compreensiva, crédula etc. Entretanto, os defeitos da pessoa sanguínea é ser pusilânime (falta de decisão e coragem), volúvel, indisciplinado, impulsivo, inseguro, egocêntrico, barulhento, exagerado, medroso.
Assim como Pedro teve seu temperamento transformado pelo Espírito Santo, também devemos nos colocar diante de Deus para esta transformação dia após dia.

III.               JESUS É LEVADO ATÉ CAIFÁS (18:24,28)
Os evangelistas Mateus 27:1,2 ; Marcos 15:1 e Lucas 23:1 mencionam a reunião que resultou em acordo unânime dos principais sacerdotes, anciãos do povo, escribas e de todo o Sinédrio para entregar Jesus a Pôncio Pilatos, o governador romano.
Levado à casa de Caifás, amarrado como um transgressor da Lei, Jesus aguardava a reunião da cúpula que planejava a Sua morte (Mateus 26:57).  Os líderes religiosos se empenharam em buscar testemunhos falsos contra Jesus para o condenarem à morte (Mateus 26:59),  se incumbiram de planejar a morte de Jesus, porém a execução deixaram à cargo do governador romano. Jesus ouviu as falsas acusações e insultos, porém ficou em silêncio (Mateus 26:62,63)
As razões que os líderes religiosos encontraram para que eles mesmos não fossem os executores são: 1) Se com as suas próprias mãos matassem a Jesus, estariam impuros e impedidos de participarem da Páscoa que estava próxima (v. 28)  e 2) Buscavam se justificaram que a Lei não concedia a eles o direito lícito de matar ninguém (v. 31).
Ora, as atitudes desses líderes religiosos eram hipocrisia pura  (Mateus 23:1-36). Quem planeja a morte de alguém é tão autor como quem a executa.
A ironia desses hipócritas é registrada na maneira como chegam ao pretório de Pilatos - . "Era cedo de manhã" (v. 28). Isso mostra a avidez por vingança que enchia seus corações. Foi preciso que Pilatos viesse para fora do Pretório[5] ao encontro deles. Em nome da "pureza", não entraram no local onde Pilatos estava habitando.
Antes de seguirmos adiante, é bom mencionar o que os historiadores dizem a respeito de Pôncio Pilatos e como sua atitude condiz com o que é dito dele.
Pôncio Pilatos era naquela época o governador da Judéia. Foi nomeado pelo imperador Tibério em 26 d.C e permaneceu no cargo praticamente até a morte do imperador em março de 37 d.C. Sobre o perfil de Pilatos, os historiadores afirmam que ele era um homem fraco que tentava encobrir sua fraqueza ostentando obstinação e violência. Não tinha tato nas resoluções de conflito e chegava a ofender a opinião pública judaica; seu governo foi marcado por rebeliões sangrentas como a que se registra em Lucas 13:1 (F.F. Bruce). A diplomacia também não fazia parte de sua pessoa nem governo conforme Hendriksen (2004)[6].
Pilatos questionou os líderes religiosos sobre o quê estavam acusando Jesus. A resposta foi que Jesus era um malfeitor (v.30).
É interessante notar que, quando Jesus estava sendo interrogado por Anás a respeito dos seus discípulos e sua doutrina, Ele responde pacificamente (v. 20); depois pergunta a Anás o motivo de estar sendo interrogado sobre algo que Ele nunca havia feito ou dito às escondidas, mas publicamente. Em seguida, Jesus sugere que Anás pergunte aos que ouviram os seus ensinos se estes eram bons ou não. Um  guarda que estava próximo considerou o tom das palavras de Jesus como "desacato à autoridade"  e desferiu uma bofetada em Jesus. No v.30, se Pilatos fosse usar da mesma medida de autoridade que aquele soldado do v. 20, os líderes religiosos é que seriam presos por desacato, pois a resposta deles não foi nada respeitosa – "Se este homem não fosse malfeitor, não to entregaríamos". Pilatos respondeu à altura, devolvendo a responsabilidade de julgar Jesus aos líderes religiosos e  apontou que o crivo de julgamento deveria ser a Lei judaica, visto que tanto os líderes religiosos como Jesus eram judeus.
Pilatos se esquivou de aplicar a lei romana. Aquele cenário que se passava fora do pretório era um verdadeiro jogo de empurra. Cada lado queria "salvar sua pele" e "tirar o corpo fora" pela morte de Jesus (v.31).  Em outras palavras, Pilatos estava dizendo: "eu não tenho nada a ver com isso, resolvam vocês". A declaração dos judeus religiosos apontava para o tipo de castigo que desejavam que fosse aplicado a Jesus: a pena de morte (v.31,32).

IV.              JESUS É INTERROGADO POR PILATOS PELA PRIMEIRA VEZ  (18:33-40)
A segunda vez que Jesus é interrogado por Pilatos acontece em 19:9-11.
Forçado pelos judeus religiosos, Jesus é levado para dentro do pretório onde foi interrogado por Pilatos. Analisemos este interrogatório:
Pilatos inicia o interrogatório, entretanto, vemos que Jesus é quem dirige o rumo do interrogatório. Jesus é Deus e é Ele quem deve questionar o ser humano, a criatura e não o contrário conforme diz o profeta Isaias no capítulo 45:9 – "Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso dirá o barro ao que lhe dá forma: que fazes? Ou: a tua obra não tem alça".
Pilatos:  v. 33 – És tu o rei dos judeus?
Jesus: v. 34 – não respondeu diretamente "sim ou não" à pergunta de Pilatos. Como Deus, Jesus não precisava ficar se explicando. Jesus redarguiu[7] a Pilatos fazendo outra pergunta que inclui duas possibilidades: 1) Esta pergunta partiu de você mesmo? OU, 2) você está me perguntando isto porque outras pessoas disseram a você a meu respeito?
Jesus dominava a arte de responder perguntas. Ele bem sabia que a pergunta de Pilatos era uma armadilha.
 Réplica de Pilatos: v. 35  – a réplica é a resposta de Pilatos às perguntas feitas por Jesus no v. 34.  A resposta traz à tona o caráter fraco deste governante. Em outras palavras, Pilatos estava dizendo que o cunho daquele interrogatório era para cumprir uma obrigação imposta pelo ofício, visto que ele não era judeu, não tinha conhecimento e nem lhe interessava saber do quê Jesus era acusado pela liderança religiosa do seu próprio povo.
Resposta de Jesus: v. 36 – Jesus não se declara Rei, por sua própria boca, conforme Pilatos queria que fizesse, mas Ele fala indiretamente  que, "seu reino não era deste mundo", ou seja, seu reino  não era terreno, porque se fosse, Ele teria sido aceito e defendido pelos seus. Nesta resposta, Jesus induz Pilatos à pensar, concluir e gerar uma resposta conclusiva à pergunta inicial. Essa resposta vinda da própria boca da autoridade romana não era motivo para condená-LO.
Resposta de Pilatos: v. 37 – Pilatos conclui, volta à pergunta inicial ele fizera a Jesus e declara em voz audível que "Jesus é Rei". Jesus afirma que esta declaração vinha da boca de Pilatos.
Ainda neste mesmo versículo, Jesus explica o motivo pelo qual Ele veio ao mundo: veio para reinar na vida e no coração de todos quantos O ouvem, obedecem a Sua voz e O professam como seu Senhor. Jesus também revela que veio para dar testemunho da verdade. Isso gerou uma nova pergunta instigadora da parte de Pilatos: "Que é a verdade?" (v.38).  Todavia, esta pergunta ficou sem resposta e o interrogatório cessou. Isso me faz lembrar o Rei Agripa, que após ter ouvido o testemunho de Paulo a respeito de seu chamado missionário e de sua conversão a Jesus Cristo  (Atos 23). Impressionado, o rei Agripa se esquivou de crer no evangelho dizendo a Paulo: "Por pouco me persuades a me fazer cristão" (Atos 26:28).
Quantos Pilatos e Agripas têm deixado para depois uma decisão tão importante como esta: ouvir e obedecer à voz do Rei e Salvador Jesus Cristo!
Pilatos não queria saber o que realmente era "a verdade" e tratou logo de interromper o ciclo de perguntas dando o seu parecer aos judeus a respeito de Jesus: "Eu não acho nele crime algum". Pilatos se viu "entre a cruz e a espada", pois de um lado tinha um homem que a ele não parecia ser alguém periculoso; e, do outro lado tinha toda uma cúpula de líderes religiosos que esperavam uma ação enérgica do governador em relação a Jesus, já que eles, como "homens santos" que eram não podiam se contaminar matando alguém próximo à festa da Páscoa. Era melhor que a ordem assassina viesse validada por uma instância governamental e não religiosa.
O relato de João nos vs. 33-38 dá a entender que não havia ninguém mais no pretório, além de Jesus e Pilatos. Entretanto, Mateus 27:11-14, Marcos 15:1-5 e Lucas 23:1-4 relatam a presença dos principais sacerdotes acusando Jesus o tempo todo. Relatam também que era um costume do governador conceder a  liberdade a um preso ao se aproximar a festa da Páscoa. João v.39, informa este costume na pergunta que Pilatos fez aos judeus religiosos e consulta-os se desejavam que Jesus, o rei dos judeus, fosse solto naquela ocasião. Agindo assim, Pilatos se coloca numa posição de "falsa neutralidade" e se exime da responsabilidade. Pilatos agiu com parcialidade ficando com a maioria, pois esta traria a ele muitas benesses.
Para mim, nessa situação e em tantas outras, a voz do povo não é a voz de Deus.
Por não ser a voz de Deus, deu no que deu. João conclui o triste relato informando que sob gritos, Jesus, o Filho de Deus, o Salvador da humanidade, perdeu a sua liberdade e foi trocado por um bandido (v.40).

V.                 CONCLUSÃO
Embora nos cause tristeza, não é motivo para desanimar e entristecer, porque tudo que aconteceu estava de acordo com os propósitos divinos e sob o controle de Deus.
Jesus foi submisso ao Seu Pai e se entregou – "o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar[8] deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai" (Gálatas 1:4).
No final, Jesus foi vitorioso sobre a morte. Ele é vitorioso. E, se Jesus venceu, nós também somos mais que vencedores com Ele! (Romanos 8:31-39).



"Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou"  (Romanos 8:37)




[1] Lição ministrada por Raquel Alcantara, em 15/novembro/2015, na Classe de Adultos (Livro de João), da Primeira Igreja Batista de Sobradinho, Brasília-DF.
[2] BRUCE. F. F. João: introdução e comentário. 1ª Edição. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova e Associação Religiosa Editora Mundo Cristão, 1987.

[3] LaHAYE, Tim F.. Temperamentos controlados. 2ª Edição Revisada. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2011 .
[4] MOURA, Josias. Estudo: Temperamentos transformados pela atuação do Espírito Santo. Disponível em    http://descubraessepoder.blogspot.com.br/2011/11/estudo-temperamentos-transformados-pela.html. Acessado em 14.nov.2015  às 14:35.
[5] PRETÓRIO: o termo pretório indica o quartel general de um governador militar romano (F.F. Bruce)
[6] HENDRIKSEN, William. O evangelho de João. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.
[7] Redarguir: significa argumentar; responder com outra pergunta
[8] DESARRAIGAR significa "arrancar pela raiz ou com raízes"(Dicionário Michaelis Online). Disponível em http://michaelis.uol.com.br . Acessado em 14.nov.2015 às 18:48.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

OFICINA DA PALAVRA

CONTEXTO:
A atividade "Oficina da Palavra" foi realizada em 2006, quando eu cursava Pedagogia na Universidade de Brasília (UnB). A atividade fazia parte da disciplina "Processos de Alfabetização". A professora propôs que cada aluno caminhasse ao redor da Faculdade de Educação observando as árvores. Em seguida, devíamos escolher uma ou mais árvore e "conversar" com ela(s), observando a similaridade dela(s) com a nossa própria vida e extrair alguma lição.
Depois da "conversa" devíamos coletar uma folha da/ de cada árvore e escrever um texto que fosse um diálogo das árvores escolhidas. Eu escolhi a folha do bambuzal e a folha da amoreira. 
Meu texto produzido foi este:



AS PLANTAS TAMBÉM NOS ENSINAM:
Uma alegoria da "Folha do Bambuzal" e da "Folha da Amoreira"




Aconteceu numa manhã de quarta-feira. De repente, vimos um grupo vindo em nossa direção, mas nem suspeitávamos que aquele seria um dia diferente para nós.
Fomos escolhidas dentre as nossas colegas. Ela, a Folha da Amoreira e eu, a Folha do Bambuzal.
Aproximamo-nos uma da outra e fomos levadas para uma roda que o grupo acabara de formar. O que ouvimos naquela manhã a nosso respeito e de outras colegas foram declarações preciosas, profundas e carregadas de emoção!
Como sou mais falante, tomei logo a iniciativa com minha colega Folha da Amoreira. Enquanto conversávamos, percebemos que ambas usávamos a terceira pessoa do plural. Nosso sentimento de coletividade falava mais alto.
Disse à Folha da Amoreira do nosso prazer em tê-las bem a nossa frente com seus galhos espraiados, dia após dia, sempre convidando os que ali passam para saborear a doçura de suas pequeninas amoras. Disse-lhe que as Amoreiras são dignas de serem admiradas, dado o seu exemplo de bondade, generosidade, companheirismo e de trabalho em grupo.
Para nós era admirável sua virtude de saber conviver com o diferente que se erguia esbelto e majestoso entre seus galhos.
Além disso, manifestei a nossa alegria pelos novos brotos, sinal da vida que se renova e da bondade do Criador que as recompensa. Emocionada, a Folha da Amoreira agradeceu e não poupou palavras generosas a nós.
A Folha da Amoreira expressou a sua admiração ao contemplar-nos unidos, à beira da rua, sempre agraciando com uma brisa refrescante e uma sombra benfazeja os que por ali se assentam ou transitam. Lembrou-nos com humor da disputa dos carros por nossa sombra logo pela manhãzinha. Semelhantemente, parabenizaram-nos pelos nossos brotos, também dádivas do Criador!
Nossa conversa não parou por aí. A Folha da Amoreira relembrou-nos de outras contribuições que damos à humanidade como os móveis que amparam os corpos cansados, os que adornam os ambientes e aqueles que dentre nós são escolhidos para servir o homem nas tarefas mais humildes como a condução da preciosa água e tantas outras utilidades.
Nós as agradecemos pela maneira como são úteis além do espaço que ocupam. Pois afinal, poucos são os que resistem a uma geleia ou torta dos saborosos frutos de nossas amigas.
A conversa estava boa, mas a manhã havia se passado. Estávamos felizes por termos sido escolhidas. Não voltaremos para contar as novas para as nossas amigas. Estamos certas de que elas comungam conosco do mesmo sentimento que justifica a nossa existência. Vivemos e morremos para servir! Morremos despertando consciências, quem sabe até então, desapercebidas da beleza, singularidade, diversidade e do valor da vida que as rodeiam. Para nós a morte não é o fim e nem motivo de entristecimento. A morte para nós é uma prova de amor incondicional!


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"O amor que se dá enriquece infinitamente mais que o amor que se recebe".
A.    Borçóis- Macé


sábado, 30 de maio de 2015

Diferença entre lar e casa

O mês de maio é tradicionalmente conhecido como o mês das noivas. Isso quer dizer que, quem casa, quer não somente uma casa, mas formar uma família, um lar. Encontrei uma reflexão sobre a diferença entre lar e casa que gostaria de dividir com vocês. Boa reflexão!!
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Diferença entre lar e casa

Sr. Harides Garcia

“Com  a sabedoria edifica-se a casa, e com a inteligência ela se firma, pelo conhecimento se encherão as câmaras de toda a sorte de bens preciosos e deleitáveis” (Pv 24.3-4) 
Andando pelos bairros “nobres” de nossa cidade, é fácil vislumbrar uma bela casa: moderna, segura, com muros que se assemelham as muralhas da China.
Inspirado numa reflexão de Alba Magalhães, texto de Abigail Guimarães traça as principais diferenças entre lar e casa. Casa é uma construção de cimento e tijolos. Lar é uma construção de valores e princípios. Casa é o nosso abrigo das chuvas, do calor, do frio. Lar é abrigo do medo, da dor e da solidão. Casa é o lugar onde as pessoas entram para dormir, usar o banheiro, comer, Onde temos pressa para sair e retardamos a hora de chegar. O lar é o lugar onde os membros da família anseiam Por estar nele, onde refazem suas energias, alimentam-se de afeto e encontram o conforto do acolhimento, onde temos pressa de chegar e retardamos a hora de sair
Numa casa, criamos e alimentamos problemas. O lar é o centro de resolução de problemas.
Numa casa, moram pessoas que mal se cumprimentam e se suportam. Num lar, vivem companheiros que, mesmo na divergência, se apóiam e nas lutas se solidarizam.
Casa é local de dissensões, conflitos, discórdia... No lar, as dissensões, os conflitos, existindo, servirão para esclarecer e engrandecer.
Numa casa, desdenha-se dos nossos valores. No lar, sonhamos juntos.
Numa casa, há azedume e destrato. Num lar, sempre há lugar para alegria.
Numa casa, nascem muitas lágrimas. Num lar, plantam-se sorrisos.
A casa é um nó que oprime, sufoca... O lar é um ninho que aconchega.
Se você ainda mora em uma casa, nós o convidamos a transformá-la, com urgência, em um lar e que Jesus seja sempre o seu convidado especial.
Enriquecendo o texto acima, pode-se acrescentar:
Por mais que se tente definir em palavras, a família transcende qualquer definição. Isso porque a família está baseada em relações humanas e essas são falíveis quanto seus próprios componentes. Portanto, família muitas vezes significa problemas, abandono, omissão, solidão, perda, tristeza, saudade, falhas, divergências  e diferenças de valores, ciúmes, inveja, medo e prepotência. Mas também quer dizer companheirismo, união, força, amor, tolerância, compreensão, perdão, paciência, alegria, ganho, presença e crescimento.
Palavras são fáceis e o discurso é altivo e eloqüente, enquanto as ações ficam presas, retidas na dureza da rotina, da distância, na frieza do trabalho. Presas até mesmo na vontade e no pré-julgamento de outrem, faltando um ínfimo de movimento para dar-lhes vida.
Como vai o lar vai o mundo, e o que é bom para o lar, é bom para a família, é bom para o mundo.



Fonte: Jornal eletrônico "i7 Notícias" de Paraguaçú Paulista. Disponível em http://www.i7noticias.com/paraguacu/noticia/11160/diferenca-entre-lar-e-casa. Acessado em 30.mai.2015  às 09:11.




terça-feira, 26 de maio de 2015

Deus que vê!


DEUS QUE VÊ!


Hoje vamos meditar na vida de Agar. 

QUEM ERA AGAR?
O nome desta mulher é de origem hebraica e significa “Estrangeira”. Agar era egípcia e morava com a família de Abraão e Sara; era serva de Sara - Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos; tendo, porém, uma serva egípcia, por nome Agar (Gênesis 16:1).
Agar pertencia a uma classe social à qual não se dava muito valor. Como serva, morava de favor, não tinha direito a voz na casa, não podia expressar suas ideias e nem mesmo a sua vontade lhe pertencia, mas à sua senhora.
Quanto ao seu estado civil, a Bíblia não diz se era solteira ou casada. Provavelmente era solteira, pois não há nos demais textos referentes a ela qualquer menção de uma possível existência de um esposo. Sua idade também não é mencionada na narrativa bíblica; entretanto, sabemos que por ocasião do ocorrido em Gênesis 16, Agar era uma mulher que ainda estava em idade fértil, pois gerou um filho.
Na condição de serva, não teve o direito de escolher se queria ou não ter filhos, nem de recusar a se deitar com um homem que não era seu marido e que nem tinha qualquer afeto por ela; e, muito menos teve o direito de lutar para não ser uma “barriga de aluguel”. Ela teve que se sujeitar e obedecer - Então, Sarai, mulher de Abrão, tomou a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, depois de ter ele habitado por dez anos na terra de Canaã (Gênesis 16:3).
O filho não planejado que Agar gerou  de Abraão, inicialmente, a ela não pertencia. A criança que na visão de Sara poderia ser uma bênção passou a ser um grande problema e motivo de disputa de poder entre Sara e Agar, senhora e serva.
Quando se viu na condição de grávida, Agar desprezou a sua senhora, porque Sara era estéril - disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, e assim me edificarei com filhos por meio dela. E Abrão anuiu ao conselho de Sarai. Ele a possuiu, e ela concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada (Gênesis 16:2,4).
        Sara, por sua vez, não suportou a afronta de sua serva e a humilhou muito. Desesperada, Agar fugiu para o deserto. Sua alma angustiada e abatida queria estar longe de tudo e de todos.

O DESERTO
        Na Bíblia, o deserto é símbolo de luta e provação. Foi no deserto que o povo de Israel foi provado por Deus e peregrinou por 40 anos até entrar na Terra Prometida – E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos limites da terra de Canaã (Êxodo 16:35).
        Foi rumo ao deserto que o profeta Elias caminhou, sentou e pediu para si a morte; depois, em uma caverna, Elias se refugiou em profundo estado de tristeza e depressão. Elias estava sob forte pressão emocional, pois estava sendo perseguido pelo rei Acabe, teve que ficar escondido no deserto em período de grande seca, foi alimentado pelos corvos, enfrentou e matou os 400 profetas do deus baal, o que suscitou a ira da idólatra rainha Jezabel que, caçava Elias no intuito de matá-lo. Deus estava todo tempo cuidando de Elias, mas as lutas sucumbiram a sua alma (I Reis 18:1-40; 19:1-18) - Elias era  homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos...” (Tiago 5:17a).
        Jesus Cristo, o Filho de Deus, também passou pelo deserto. Ele foi levado para lá pelo Espírito de Deus a fim de ser tentado por Satanás (Mateus 4:1-11). O nosso Salvador sabe o que é passar pelo deserto, Ele bem conhece como nos sentimos quando passamos por lutas e provações. Jesus Cristo saiu do deserto vitorioso sobre Satanás; Deus foi ao encontro de Elias naquela caverna triste, úmida e isolada e o restaurou. Elias saiu do deserto fortalecido e deu continuidade ao seu ministério. O povo de Israel também saiu do deserto para tomar posse da Terra Prometida.
Deus não está alheio às nossas lutas e provações e nunca nos abandona. Jesus Cristo nos diz que enquanto estivermos neste mundo teremos aflições, ou seja, passaremos pelo deserto. Porém, quando temos a Jesus como nosso Mestre e Senhor, temos a garantia DELE mesmo que sairemos do deserto vitoriosos, assim como Ele é Vitorioso e vencedor! – Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (João 16:33).
        O deserto é um período transitório!
        Deus vai ao nosso encontro no deserto e ouve o clamor de nossa alma. Ele nos ensina, nos anima, nos restaura, faz promessas e abre nossos olhos para vermos que aquilo que é impossível para nós, é perfeitamente possível para Ele – Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas... Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus  (Lucas 1:37; 18:27).



“EL ROI” – DEUS QUE VÊ!
        O nosso corpo fala a linguagem silenciosa da comunicação não verbal, afirmam os autores Weil & Tompakow (1982). Os corpos de Agar e de Elias reagiram à ameaça, à tensão e ao receio levando-os a buscar uma saída, um escape para a sua situação. A ciência explica como isso acontece quando estamos diante de situações de extremo stress e como somos levados a reagir:

“... duas glândulas supra-renais que se situam acima dos rins, produzem adrenalina, também conhecida como hormônio das “situações de emergência”. A adrenalina prepara o corpo para a ação, ou seja, em termos biológicos, para atacar ou fugir. Os principais efeitos da adrenalina no organismo são:
Ø  Taquicardia (o coração dispara e impulsiona mais sangue para os braços e pernas, dando-nos capacidade de correr mais ou de nos exaltar mais em uma situação tensa, como uma briga);
Ø  Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue (isso permite que as células produzam mais energia);
Ø    Contração dos vasos sanguíneos da pele (o organismo envia mais sangue para os músculos esqueléticos) – por essa razão, ficamos pálidos de susto e também “gelados de medo”! “ . (citação e imagem do site: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sistemasendocrino2.php. Acessado em 12.mai.2015 às 15:55).





Esta informação explica como Agar, mesmo abatida emocionalmente, teve forças para caminhar rumo ao deserto. E foi no deserto, enquanto fugia, que Agar teve seu encontro com Deus.
Quando Deus vem ao encontro da alma abatida e ferida, Ele toma a iniciativa do diálogo. Deus sabe de nossa necessidade de sermos ouvidos! O mesmo aconteceu com o profeta Elias. No recôndito da caverna Deus iniciou o diálogo perguntando: “... Que fazes aqui Elias?” (I Reis 19:9). Temos um Deus que nos ouve!
Junto à fonte no caminho de Sur, o Anjo do Senhor pergunta para Agar: “Agar, serva de Sarai, donde vens e para onde vais?” (Gênesis 16:7,8). Agar abriu o seu coração ferido e confessou que estava fugindo de sua senhora. Tudo o que ela queria naquele momento era a distância e o isolamento, mas ouviu o Anjo do Senhor ordenando que ela voltasse para a sua senhora. Era uma ordem contrária à vontade de Agar – Volta para a tua senhora e humilha-te sob suas mãos” (Gênesis 16:9). O coração ofendido, magoado e ferido se recusa e luta para não restabelecer a comunhão quebrada. Deus ensina Agar que, mesmo tendo sido a parte ofendida, ela deveria tomar a iniciativa de perdoar. É um mandamento bíblico – Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte (I Pedro 5:6).
Para quem estava ferida emocionalmente seria difícil obedecer ao que o Anjo do Senhor estava ordenando. Entretanto, Deus se mostrou misericordioso com Agar, fazendo com que ela tivesse plena consciência de que Ele estava vendo a sua aflição. Deus nunca nos pede para fazer algo que não esteja ao nosso alcance.
Continuando o diálogo, o Anjo do Senhor fez promessas de bênçãos para Agar a respeito de seu filho que haveria de nascer. Deus bem sabia que a alma sequiosa de Agar necessitava ser revigorada. Deus prometeu multiplicar sobremodo a descendência de Agar, renovou a esperança da jovem mãe e descreveu para ela virilidade e a força que seu filho teria - Disse-lhe mais o Anjo do SENHOR: Multiplicarei sobremodo a tua descendência, de maneira que, por numerosa, não será contada. Disse-lhe ainda o Anjo do SENHOR: Concebeste e darás à luz um filho, a quem chamarás Ismael, porque o SENHOR te acudiu na tua aflição. Ele será, entre os homens, como um jumento selvagem; a sua mão será contra todos, e a mão de todos, contra ele; e habitará fronteiro a todos os seus irmãos (Gênesis 16:10-12).



        Com promessas tão significativas, Agar se rendeu a Deus em adoração e louvor - Então, ela invocou o nome do SENHOR, que lhe falava: Tu és Deus que vê; pois disse ela: Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê? (Gênesis 16:13).
        Se você está passando por lutas e provações no deserto árido, saiba que este é um período transitório. Tenha a certeza de que EXISTE UM DEUS QUE TE VÊ “ EL ROI”. Clame e Ele virá em seu auxílio, restaurará a sua alma e restituirá a sua alegria. O rei Davi também passou por desertos em sua vida, mas ele pode enfim expressar: “Esperei confiantemente pelo Senhor: Ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Senhor (Salmo 40:1-3).
Agar obedeceu a Deus, voltou para sua senhora e se humilhou. Por ter obedecido a Deus, Agar foi abençoada com um filho chamado Ismael que significa “Deus ouve”. Agar também concedeu perdão a Sara e sua alma ficou em paz. Os anos se passaram e Deus sempre cuidou de Agar e de Ismael – Deus estava com o rapaz, que cresceu, habitou no deserto e se tornou flecheiro” (Gênesis 21:20). Agar teve a felicidade de ver Ismael crescendo e se tornar um homem. Sua felicidade se completou ao casá-lo, cumprindo a sua missão de mãe – Habitou no deserto de Parã, e sua mãe o casou com uma mulher da terra do Egito (Gênesis 21:21).
        Aprendemos com a história de Agar a importância de ouvir e obedecer à voz de Deus. A pessoa que se dispõe a obedecer a Deus é sempre abençoada! Aprendemos também sobre a importância do perdão. Mesmo quando somos a parte ofendida, devemos tomar a iniciativa e conceder perdão. O perdão é indispensável para a saúde do corpo e da alma. – Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio (Salmo 32:3,4). O perdão liberta! – Feliz aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto (Salmo 32:1).
        Como mulheres, esposas e mães, aprendemos com a história de Agar que Deus quer abençoar os nossos filhos e a nossa família. Sejamos mulheres, esposas e mães que buscam e amam a Deus acima de todas as coisas. Deus não falha em cumprir as Suas promessas. Confiemos NELE!


Referência:
WEIL, Pierre. TOMPALOW, Roland. O CORPO FALA: a linguagem silenciosa da comunicação não-verbal. Petrópolis-RJ: Editora Vozes Ltda., 1982.
Referência de imagens:
Imagem 1: Deserto. Disponível em www.kantinhodafe.blogspot.com
Imagem 2: Produção de Adrenalina. Disponível em http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sistemasendocrino2.php. Acessado em 12.mai.2015 às 15:55.
Imagem 3: Agar no deserto junto à fonte. Disponível em http://www.flogao.com.br/drikoids/125058324/. Acessado em 12.mai.2015 às 18:16.


Palestra proferida por Raquel Alcantara, em 15 de maio de 2015, na Primeira Igreja Batista de Sobradinho-DF., por ocasião do culto realizado pelo Ministério de Beneficência, em homenagem ao dia das mães.