terça-feira, 3 de abril de 2018

O servo sofredor


O SERVO SOFREDOR[i]







Texto Base: Salmo 22




INTRODUÇÃO:

Arnold Doolan[1], ao escrever sobre "Jesus Cristo nos Salmos", afirma que há:

Cerca de 10% ou 16 dos Salmos podem ser classificados como Salmos Messiânicos. São os Salmos 2, 8, 16, 22, 23, 24, 40, 41, 45, 68, 69, 72, 89, 102, 110, 118.
Os escritores destes Salmos, que são vários, relatam muito da Pessoa de Cristo, a Sua vida, rejeição, sofrimento e rejeição. Estes Salmos são muitas vezes citados e interpretados no Novo Testamento.

Isso nos mostra a integridade e a inerrância da Palavra de Deus. O que Deus prometeu no Antigo Testamento, se cumpriu no Novo Testamento e ainda há de se cumprir no mundo. Deus nunca falha, Ele sempre cumpre o que promete:

"Eis que hoje sigo pelo caminho de todos os mortais, e vocês sabem de todo o coração e de toda a alma que nem uma só promessa falhou de todas as boas palavras que o SENHOR, seu Deus, lhes falou; todas se cumpriram, nem uma delas falhou. " (Josué 23:14).

Timóteo Carriker[2], identifica que há 26 profecias específicas sobre Jesus Cristo, o Messias, nos Salmos e os relaciona com passagens correlatas do Novo Testamento:

1.     Salmo 2.7 > Mateus 3.17 (Deus declarará o Messias, Jesus, seu Filho)
2.     Salmo 8.6 > Hebreus 2.8 (Todas as coisas serão postos debaixo dos pés do Messias
3.     Salmo 16.10 > Marcos 16.6-7 (Ressuscitará da morte)
4.     Salmo 22.1 > Mateus 27.46 (Deus o desamparará na hora da necessidade)
5.     Salmo 22.7-8 > Lucas 23.35 (Será zombado e insultado)
6.     Salmo 22.16 > João 20.25, 27 (Suas mãos e seus pés serão perfurados)
7.     Salmo 22.18 > Mateus 27.35-36 (Lançarão sorte pelas suas vestes)
8.     Salmo 34.20 > João 19.32-33, 36 (Nenhum osso será quebrado)
9.     Salmo 35.11 > Marcos 14.57 (Será acusado por testemunhas iníquas)
10.  Salmo 35.19 > João 15.25 (Será odiado sem motivo)
11.  Salmo 40.7-8 > Hebreus 10.7 (Virá para fazer a vontade de Deus)
12.  Salmo 41.9 > Lucas 22.47 (Será traído por um amigo)
13.  Salmo 45.6 > Hebreus 1.8 (Seu trono será eterno)
14.  Salmo 68.18 > Marcos 16.19 (Assentar-se-á à destra de Deus)
15.  Salmo 69.9 > João 2.17 (O zelo pela casa de Deus o consumirá)
16.  Salmo 69.21 > Mateus 27.34 (Receberá fel e vinagre para beber)
17.  Salmo 72.1-5, 17 > Lucas 1.32-33 (Terá um reino eterno)
18.  Salmo 72.8-11, 19 > João 1.5-9; Atos 13.47-48 (Terá um reino mundial)
19.  Salmo 72.2-4 > Lucas 4.17-19 (Julgará com justiça e equidade)
20.  Salmo 78.2 > Mateus 13.34 (Falará em parábolas)
21.  Salmo 109.4 > Lucas 23.34 (Orará a favor dos seus inimigos)
22.  Salmo 109.8 > Atos 1.20 (O encargo do seu traidor será tomado por outro)
23.  Salmo 110.1 > Mateus 22.44 (Os seus inimigos serão colocados debaixo dos seus pés)
24.  Salmo 110.4 > Hebreus 5.6 (Será um sacerdote semelhante a Melquesideque)
25.  Salmo 118.22 > Mateus 21.42 (Será uma pedra angular)
26.  Salmo 118.26 > Mateus 21.9 (Virá em nome do Senhor)

O autor do Salmo 22 é o rei Davi. A Palavra de Deus nos diz que o rei Davi é considerado "o homem segundo o coração de Deus".

"Encontrei  Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração; ele fará tudo o que for da minha vontade”. (Atos 13:22)

Desde jovem, Davi é conhecido por ter sido um exímio musicista, cantor, compositor e poeta enquanto exercia seu ofício de pastorear as ovelhas de seu pai. Seus cânticos são compostos de temas como: louvor, ações de graça, súplica, contrição, exaltação à Deus e à Sua Criação, confiança e adoração a Deus e muitos outros. Davi também é identificado por Deus como Seu servo.

"Encontrei Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi."    (Salmo 89:20)

Davi tinha muita intimidade com Deus. Em seu cântico, ele abre o coração e clama a Deus; apresenta a sua situação de desespero, manifesta a sua confiança em Deus e na libertação que o Senhor havia de dar a ele.
Divinamente inspirado por Deus, Davi compôs o Salmo 22 que fala de sua situação, mas também revela o  que haveria de acontecer com o Rei dos Reis, o Filho e Messias, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29,36). Eis o motivo porque este Salmo é messiânico e profético.
Jesus, o Filho de Deus, também é reconhecido e apresentado ao mundo como o servo sofredor em Isaías 52:13-15 e capítulo 53.  O servo sofredor nunca hesitou em cumprir toda a vontade de Seu Pai Celeste. Na vida e morte, glorificou o Pai e deu muitos motivos de alegria a Deus

                  "Este é meu Filho amado, em quem me comprazo "  (Mateus 3:17).

    Neste Salmo messiânico vamos meditar sobre o clamor, o louvor e a visão do servo sofredor.

I.            O clamor do servo

O servo clama em profunda dor. Ele se sente abandonado pelo Pai. Os momentos que antecederam a crucificação e os momentos da crucificação contribuíram para este clamor.
Nos momentos que antecederam a cruz o servo sofredor foi blasfemado, ouviu acusações a seu respeito que não tinham fundamento, foi levado de lugar para outro com crueldade, foi açoitado, recebeu uma cruz de espinhos na cabeça que rasgou o seu couro cabeludo e o rosto fazendo o sangue escorrer, recebeu pancadas de caniço no crânio,  foi escarnecido, zombado e recebeu cuspe no rosto. Tudo isso  debilitou em muito o corpo e a alma de Jesus. Além disso, foi obrigado a carregar sua própria cruz até o alto do monte chamado Calvário onde outros abusos seriam feitos contra o servo e Cordeiro de Deus.
Sobre a cruz de Jesus Cristo, o site "Ser católico[3] nos apresenta interessantes informações:



A cruz é um antigo instrumento bárbaro de suplício, usado por vários povos para executar os condenados à morte. Era constituída de duas partes: uma haste vertical de aproximadamente 3,5 metros de comprimento, denominada "estipe", que era cravada a um metro de profundidade no local da crucificação. A parte horizontal, uma haste chamada "patíbulo", tinha cerca de 2,20 metros de comprimento e pesava aproximadamente 35 quilos. Os condenados transportavam somente o patíbulo nas costas, o que causava graves ferimentos na nuca, e as estipes ficavam fixadas no monte Calvário, aguardando a chegada dos condenados. Portanto, não são reais as representações artísticas de Jesus carregando as duas partes da cruz (estipe e patíbulo).
Como não sabemos em que ponto houve o encontro com Simão, vamos supor que Jesus carregou a cruz até o portão de Damasco. Neste local, onde havia uma maior concentração de pessoas, Jesus caiu pela segunda vez, fazendo parar o cortejo. Neste ponto, os soldados convocaram a ajuda de Simão (Cirineu). Com esta suposição, Jesus teria carregado a cruz entre 400 e 450 metros, deixando o restante do percurso até o calvário (150 a 200 metros) para Simão.


Jesus carregou o patíbulo e ficou à mercê da crueldade das autoridades e dos soldados. Esta cruz não era dele, era nossa!
Chegando ao Calvário, já enfraquecido e desidratado, pois até então não há relatos de que sequer um copo de água fora dado a Jesus, o poder das trevas continuou e acentuou seu feroz ataque contra o Cordeiro de Deus. Ele foi massacrado, perfurado, desconjuntado, exposto a horas de Sol ardente, teve seu corpo fixado de modo cruel com grandes pregos nas mãos e pés, ouviu zombarias, foi escarnecido e afrontado. O servo sofredor clama (22:1-2).

"Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu gemido? Deus meu, clamo de dia, e não me respondes; também de noite, porém não tenho sossego ".(22:1,2)

            Neste momento, Deus não podia olhar para Seu Filho, pois o Seu Único Filho se fez pecado por nós. O pecado é maldição.

"Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus ".
(II Coríntios 5:21)

            Em Seu estado de abandono, a natureza humana de Jesus sentiu a dor da repulsa, da infâmia, da zombaria, do desprezo, da afronta e do desdém daqueles que se achavam justos para O condenarem à morte.

"Mas eu sou verme e não um ser humano; afrontado pelos homens e desprezado pelo povo. Todos os que me veem zombam de mim; fazem caretas e balançam a cabeça, dizendo: “Confiou no SENHOREle que o livre! Salve-o, pois nele tem prazer.”  (22:6-8 Nova Almeida Atualizada)

            O sofrimento de Jesus Cristo foi real. Este sofrimento era nosso e não de Jesus Cristo, entretanto,

"... Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre Si"  (Isaías 53:4a).

         As trevas atacaram impiamente o Cordeiro de Deus, despedaçando-O como um animal caçado e tirando a sua força física até a exaustão.

"Muitos touros me cercam, fortes touros de Basã me rodeiam. Contra mim abrem a boca, como faz o leão que despedaça e ruge. Derramei-me como água, e todos os meus ossos se  desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim. Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte. Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim. Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes. "(22:12-18)
           
            Esta era a hora das trevas e das hostes infernais; o exato momento em que estava se cumprindo

"... e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gênesis 3:15).

Não foi fácil para Deus dar as costas ao Seu Filho "... fazendo-O enfermar..." (Isaías 53:10).
Quando estava no Jardim Getsêmani, Jesus já sentia o horror o que O aguardava. Seu nível de stress era tão alto que, enquanto orava, seu suor se transformou em gotas de sangue:

"E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.]"  (Lucas 22:44)

... e  então Jesus declarou  que Sua alma estava triste até a morte, mas Ele estava ali pronto a fazer a vontade do Pai.

"Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. "(Mateus 26:38,39)

Tudo isso, Ele O fez por amor a você, a mim e por toda a humanidade. 



II.         O louvor do servo

Mesmo em meio a tanta angústia e dor, o servo sofredor experimentou a Graça do Pai que

"Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor" (Isaías 40:29).

 O servo sofredor encontrou forças para exaltar a santidade do Pai (22:3), para lembrar da fidelidade de Deus em socorrer os todos aqueles que Nele confiam (22:4) e afirmar que Deus é digno de confiança (22:5).
Mesmo sendo Deus, o Filho reconhece  que Deus, o Pai, é o Seu Criador; declara que aceita o plano divino para a Sua vinda ao mundo (22:9a); reconhece como Deus preservou Sua vida desde que estava no ventre de Sua mãe (22:9b); lembra que, em obediência ao Pai, se entregou livre e espontaneamente desde o Seu nascimento para fazer a vontade do Pai (22:10); expressa sua devoção, segurança e submissão ao afirmar

                  "... Tu és meu Deus" (22:10b).

Deus é a força do servo sofredor. Deus é a nossa força. Se, Ele não somos nada!

"força minha". (22:19)  

Por fim, o servo suplica para que Deus não distancie dEle (22:11), mas que se apresse em socorrê-LO (22:19-21) livrando-O de seus ferozes e sanguinários inimigos.
O servo sofredor tem total confiança no socorro iminente de Deus e espera afirmando
     "... sim, tu me respondes" (22:21b).

Da fraqueza, o servo sofredor, encontra na força do Senhor o ânimo para louvar a Deus e, conclama o povo a também louvar e a glorificar a Deus, porque Deus é grande em misericórdia e não despreza a dor do aflito.

"A meus irmãos declararei o teu nome; cantar-te-ei louvores no meio da congregação; vós que temeis o SENHOR, louvai-o; glorificai-o, vós todos, descendência de Jacó; reverenciai-o, vós todos, posteridade de Israel. Pois não desprezou, nem abominou a dor do aflito, nem ocultou dele o rosto, mas o ouviu, quando lhe gritou por socorro. De ti vem o meu louvor na grande congregação; cumprirei os meus votos na presença dos que o temem. Os sofredores hão de comer e fartar-se; louvarão o SENHOR os que o buscam. Viva para sempre o vosso coração. " (22:22-26)

O servo sofredor, se identifica com os que sofrem, consola-os e anima-os buscarem ao Senhor.  

III.       A visão do servo   

O servo sofredor é consciente de que, quem governa as nações é o próprio Deus, portanto, embora as autoridades romanas e os judeus quisessem apagar a pessoa e obra de Jesus Cristo, o Reino é de Deus e tudo que acontece é segundo os Seus propósitos, à Sua maneira e no Seu tempo. Por isso,

"... quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos " (Gálatas 4:4,5)

O Filho de Deus é o nosso Cordeiro Pascal.

"No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! "
(João 1:29).

O Cordeiro de Deus suportou tudo por amor a nós. 

"Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus." (Hebreus 12:2)

 Na cruz, o Cordeiro de Deus manteve seu olhar firme em Deus que O fortalecia e já louvava a Deus pela grandiosidade do plano Eterno que Deus em estabelecer o Seu Reino com as famílias do povo judeu e de todas as nações do mundo.

"Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu." (Isaías 53:10-12)

O preço que Jesus pagou na cruz para nos reconciliar com Deus foi muito alto. Seu sangue foi derramado por muitos. Nós somos o fruto do penoso trabalho do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Sob a nossa responsabilidade está a continuidade da Missão do Cordeiro de Deus: olhar para além de nossas fronteiras, anunciar a Jesus Cristo onde Ele ainda não foi anunciado.  

"esforçando-me, deste modo, por pregar o evangelho, não onde Cristo já fora anunciado, para não edificar sobre fundamento alheio; antes, como está escrito: Hão de vê-lo aqueles que não tiveram notícia dele, e compreendê-lo os que nada tinham ouvido a seu respeito" (Romanos 15:20,21).

Jesus é o Salvador prometido e enviado por Deus, é Aquele que ressuscitou vencendo a morte e esmagou a cabeça da serpente, que é o Diabo.

"...Este lhe ferirá a cabeça..." (Gênesis 3:15)

Nosso Cordeiro Pascal está vivo e é vitorioso!




* * * * * * *


ALTO PREÇO[4]
(Asaph Borba)

Eu sei que foi pago um alto preço
Para que contigo eu fosse um meu irmão
Quando Jesus derramou sua vida
Ele pensava em ti, Ele pensava em mim,
Pensava em nós
E nos via redimidos por seu sangue
Lutando o bom combate do Senhor
Lado a lado trabalhando, sua Igreja edificando
E rompendo as barreiras pelo amor.
E na força do Espírito Santo nós proclamamos aqui
Que pagaremos o preço de sermos um só coração no Senhor
E por mais que as trevas militem e nos tentem separar
Com nossos olhos em Cristo, unidos iremos andar.





[1] JESUS CRISTO NOS SALMOS. Disponível em http://ejesus.com.br/jesus-cristo-nos-salmos/. Acessado em 31.mar.2018 às 10:15.
[2] 24 SALMOS "MESSIÂNICAS...". Disponível em http://ultimato.com.br/sites/timcarriker/2007/10/27/24-salmos-messianicas/. Acessado em 31.mar.2018 às 10:07.
[3] QUAL A DISTÂNCIA QUE JESUS CARREGOU A CRUZ? Disponível em https://colunasercatolico.blogspot.com.br/2015/02/qual-distancia-que-jesus-carregou-cruz.html. Acessado em 31.mar.2018 às 11:43.
[4] Música: Alto Preço. Disponível em https://www.letras.mus.br/asaph-borba/44287/. Acessado em 03.abr.2018 às 21:10.



[i] Mensagem pregada por Raquel Alcantara, por ocasião da Páscoa, em 01 de abril de 2018, na Igreja Batista L Norte, Taguatinga-DF.

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